sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
então é natal...
e mais um texto de virada.
e mais um dia depois do outro.
esse ano teve de tudo: teve crise mundial, teve michel jackson morto, teve escândalo em brasília, teve conferência do clima, e no final tem até um filho da puta que enfia um monte de agulhas numa criança de dois anos...
teve coisa pra caralho.
eu desejo que nos próximos dias, meses e anos a gente se ame mais.
é só isso.
e tchau que agora eu tô quase de férias.
e vou pra sp pegar um cinema que ninguém é de ferro.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
psiu!
e toda vez que isso acontece fico me perguntando por que raios só tenho vontade de aparecer quando estou com vontade de explodir porque na verdade estou com vontade de gritar?
a questão é:
até quando?
até quando vou continuar negligenciando minhas vontades, se escondendo dos meus desejos, camuflando meus dissabores, silenciando... silenciando... silenciando.
hoje é o grito.
a noite do grito. e do banho gelado tbm.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
chorinho
Chorar no chuveiro.
Aquele choro contido e abafado.
Mais abafado que o ar que está lá fora.
Lágrima quente, água fria.
Corpo quente, água mais fria.
Desejo quente, realidade ainda mais fria.
E no vai quente, volta frio
O corpo pede sossego.
É um choro assim bem pequeno.
Praticamente um chorinho.
Sem história, sem rima.
Sem voz e cavaquinho.
Silenciado no compasso de um soluço.
Que passa assim bem rápido.
Por que a vida segue em frente,
Inevitavelmente.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
fazer parte
eu nunca entendi direito o que é paixão.
só sei que nas últimas semanas me peguei apaixonada.
apaixonada e completamente entorpecida por um ideal, por um grupo de pessoas, por um trabalho absolutamente admirável.
preciso saber onde me encaixo, qual o meu papel ali.
pensar menos e sentir mais, quero perder o medo e botar a mão na massa.
começo no sábado.
o que realmente procuro além do óbvio?
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
pelas tabelas
Minha cabeça talvez faça as pazes assim...
só não rola bater as panelas porque não tenho tantas assim...
rsrs.
vou caminhar no lageado.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
terezinha?
o trailer já diz tudo.
fiquei com mais vontade ainda de assistir, primeiro porque tudo isso faz parte da minha infância, impossível não acionar uma memória afetiva, segundo porque curto documentários e terceiro porque é a história do chacrinha porra!
zanin, crítico do estadão, para meu grande espanto só se pronunciou assim:
"VAi aí, a seco, a premiação do 13 Festival de Recife. Ganhou o mais polêmico dos longas, Alô, Alô, Teresinha, de Nelson Hoineff, sobre Chacrinha. Aliás, um filme que incorpora o espírito do Velho Guerreiro. E que, portanto, veio para confundir e não para explicar"
hahahaha.
de novo. hahahaha.
assistam o trailer.
água, açúcar, lágrimas e um bom final de feriado.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
em se plantando, tudo dá.
O que faria com que você deixasse de comprar um chá no mercado e plantasse sua própria erva? Plantando no seu quintal você saberá a procedência do produto e ainda colhe a folha fresquinha, tirada da terra naquele momento. Fernanda Ribeiro da Silva, 24 anos, é técnica florestal e trabalha com extensão rural agroecológica focada no desenvolvimento da agricultura familiar. Fomos conversar com ela para saber um pouco mais das maravilhas de ter em seu próprio quintal um canteiro com plantas medicinais.
“Quando você planta em casa aprende muito mais sobre a planta, adquire uma intimidade com as folhas, acaba estudando quais os benefícios que aquela planta trás, além de estar estimulando a biodiversidade da flora, dos animais, as formigas, os insetos que vêem polinizar, ou seja, você está cuidando de você e dos bichinhos”, sorri Fernanda.
Essa temática além de estar ligada ao meio ambiente também perpassa pela cultura popular, o trabalho da técnica florestal é de resgate dessa cultura que foi se perdendo com o tempo. “Antigamente, principalmente as mulheres, sabiam o que cada plantinha poderia oferecer, hoje a indústria farmacêutica acaba tirando esse conhecimento da população; por exemplo, poucas pessoas sabem que o princípio ativo da novalgina é a mil folhas. É claro que as pessoas devem procurar um médico quando não estiverem bem, mas ter esse conhecimento, essa proximidade com a natureza e tudo que ela pode oferecer ajuda muito, e com certeza previne muitas doenças”, explica.
Hoje em dia a produção de fitoterápicos vem crescendo consideravelmente e as informações são muito mais acessíveis, os recursos de comunicação são mais democráticos. Portanto esse resgate está aumentando cada dia mais, então por que não reservar um pedaço de terra, um pequeno canteiro do seu quintal para plantar camomila, erva-doce ou manjericão?
“A alimentação também cura. Você sabe o que tem na alface? Alface é calmante assim como a erva-doce. Porque ao invés de tomar um analgésico quando está com cólicas você não experimenta tomar um chá de erva-doce e colocar uma bolsa de água quente na barriga primeiro?”, pergunta.
Uma curiosidade contada por Fernanda é que muitas mulheres em assentamentos pelo país, se utilizam de comprimidos de farinha feitos por elas mesmas. Quando a erva é muito amarga ou azeda, é feito um composto com mel e farinha em forma de comprimidos para facilitar a ingestão.
É aconselhável procurar um profissional que trabalhe com fitoterápico para saber a melhor utilização das plantas medicinais. “Procure um profissional, converse com seus avós, os mais velhos possuem conhecimentos incríveis sobre plantas medicinais! É preciso resgatar e valorizar esses conhecimentos!” aconselha.
E será que é difícil começar a plantar em casa? Fernanda diz que não. “Observe seu quintal, veja que horas e onde bate sol, pesquise se aquela planta gosta de água uma ou duas vezes ao dia, se é da mata atlântica que é mais úmida, ou do cerrado que é mais seco, plante no seu quintal, seja feliz!” encerra.
A técnica florestal pede que eu encerre a entrevista enfatizando que o chá é preventivo de muitos males, que é bom acostumar-se a beber chá, é saudável incluir o chá na sua alimentação, mas que é preciso usar o bom senso, tomar cuidado e consultar um especialista. “O chá verde, por exemplo, é muito bom para limpar o organismo, queimar gorduras, é diurético, mas só deve ser tomado uma hora depois das refeições. A má utilização de fitoterápicos e ingestão de chás é preocupante porque da mesma maneira que faz bem pode fazer muito mal. Orientem-se. Um site confiável é o do Ministério da Saúde, existe uma sessão especial para fitoterápicos” finaliza.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
universo feminino
Patrick Landall é um homem solteiro, já teve relações duradouras, outras nem tanto. Trabalha com história, cinema, educação, radialismo, troca lâmpadas, conserta vazamentos, só não lava roupas. Sua idade e localização não importam, ele vai responder suas perguntas porque antes de qualquer coisa é apaixonado por mulher.
pra quem ainda não sabe, sou editora do jornal semanal Universo Feminino, aqui na gélida e aconchegante Botucatu, e patrick responde as dúvidas sentimentais e sexuais da mulherada que lê o jornal. também quer? manda um email: isabela@jornaluniversofeminino.com.br
veja qual foi a da última semana:
Você acha que os homens de hoje em dia ainda são atraídos apenas por mulher gostosa ou mulher inteligente também é atraente?
Cara leitora. Antes de mais, nada vamos partir de um pressuposto: homem gosta de mulher de qualquer jeito. Algumas pesquisas científicas já comprovaram que um homem comum pensa em sexo dez mil vezes por dia. Eu diria que ainda é pouco. Pensamos em sacanagem duzentas milhões de vezes por dia, imaginando como seria traçar a vizinha, a colega de faculdade, a balconista da padaria. Essa é inclusive a única motivação que nos faz sair da cama diariamente, pois um mundo cem por cento masculino estaria fadado à auto-aniquilação instantânea. De modo que o homem gosta tanto de mulher gostosa quanto de mulher inteligente. Ambas são fascinantes. E sinceramente acho difícil definir até que ponto Fulana é só “gostosa” ou Cicrana é só “inteligente.” As mulheres são em geral tão fascinantes que essas categorias acabam limitando a compreensão desse ser múltiplo e inesgotável. Por exemplo: a mulher inteligente é aquela que cita James Joyce e Witgeinstein? Que lê o New York Times diariamente? Que fala cinco línguas? Qual o limite entre a inteligência e a chatice? Inclusive, a moda entre os psicólogos hoje não é dizer que o Coeficiente Emocional é muito mais importante que o famoso QI (Coeficiente de Inteligência)? Desse ponto de vista, quem tem mais jogo de cintura, a Marilena Chauí ou a Mulher Melancia?
Minha amiga, não se engane: o homem é movido pelo pensamento constante de se dar bem com as mulheres, sejam elas gostosas, inteligentes, safadas, burras ou até feias. A mulher é um ser tão fascinante que até as suas imperfeições se tornam bonitas, suas idiossincrasias acabam virando charme, suas celulites uma metáfora da nossa mortalidade, imperfeição e incompletude. Há inclusive na mulher “burra” um vasto território a ser desbravado, um desconhecimento sobre os grandes temas da literatura, do cinema e da filosofia que pode e deve ser preenchido. Ela pode ser ensinada, educada, polida e trabalhada para ser “apresentada à sociedade”, ou seja, pode acompanhar o seu namorado a uma palestra sobre psicanálise e ainda fazer duas ou três observações inteligentes, o que não é lá tão difícil. Já a mulher “inteligente por natureza” pode até ser uma bela e agradável companhia, desde que respeite o universo masculino (futebol + boteco) e não fique citando Simone de Beauvoir toda vez que for lavar uma cueca ou esquentar uma janta. Deu pra esclarecer alguma coisa?
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
metamorfose através da arte
Alberto é coordenador da Casa Dia de Botucatu, casa de apoio a dependentes químicos e está em Botucatu há sete anos. “Estamos engatinhando num processo de transformar a Casa Dia numa casa auto-sustentável, precisamos de apoio da população, precisamos de doação de tempo mais até do que a doação de bens materiais, mas isso é muito difícil de conseguir pela falta de conhecimento das pessoas e preconceito também”, explica. Alberto veio da Casa Dia de Americana e desde então trabalha para que os atendidos aqui em Botucatu descubram o que ele próprio descobriu. “Lá eu percebi que a arte trabalha terapeuticamente os meus conflitos e os conflitos de outras pessoas. Aqui dou oficina, a capacitação através da arte”, conta.
O material utilizado por Alberto em suas esculturas é sucata que na maioria das vezes estava indo pro aterro da cidade e poluindo o lençol freático, e o mais interessante é que a própria estrutura da Casa Dia já tem essa característica. “A Casa foi construída com material de demolição, com o excesso do lixo da sociedade que não foi aproveitado. Isso nos preocupa também, existe uma preocupação em relação à facilidade com que as pessoas jogam as coisas no lixo justamente pela facilidade de compra. Utilizamos material de demolição, restos das caçambas públicas. Não é necessário gastar dinheiro com coisas novas, elas podem ser reaproveitadas, transformadas, trazendo uma economia pública e ambiental sem precedentes e principalmente um benefício social quando trabalhamos com esse material em oficinas”, explica.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
traço do arquiteto... gosto tanto dela assim.
me deu a maior saudade de brasília.
e nem posso chamar de minha cidade.
foi meio que um amor vagabundo...
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
água na boca
beto brant.
programa "direções" da tv cultura.
me parece que virou filme... vi na lista do festival do rio...
alguém tem mais informação a respeito?
me parece uma versão mais alterna e madura de apenas o fim. curti.
domingo, 30 de agosto de 2009
dez motivos
sábado, 29 de agosto de 2009
universo feminino
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
ou não
E "dáblius" e "eles" e eixos e ilhas, Brasília
Cidade que um dia eu falei que era fria
Sem alma, nem era Brasil
Que não se tomava café numa esquina
Num papo com quem nunca viu"
terça-feira, 11 de agosto de 2009
duas boas notícias!
lista de justificações
sábado, 1 de agosto de 2009
ricardo della rosa

eu estava querendo muito assistir esse filme, me programei pra ir a pré-estréia, mas despois me deu preguiça, e como fiquei mais uns dias em sp, me abalei até o espaço unibanco ontem a tarde.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
"pra que treinar uma série inteira se não sabe o que o outro vai jogar?"

dois homens que nem se conhecem acabam tendo suas vidas radicalmente alteradas por conta de um acidente com pessoas ligadas à eles.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
universo ao meu redor
mas ontem fui pega de surpresa.
me trouxeram, e agora desconfio que não por acaso, um dvd com um filme que eu ainda não havia assistido e nem prestei atenção no título pra ser sincera.
noite fria paulistana, sem um puto no bolso, tratei de colocar meu colchão no chão da sala, meu notebook num banquinho bem pertinho de mim e foi assim que fui apresentada a across the universe...
fiquei um pouco sem palavras, o universo dos musicais não faz parte da minha vida, mas beatles, bom, isso fica pra um próximo post, e todo o universo de cores e o talento dos atores só me fizeram ter uma baita vontade de ter assistido esse filme no cinema, e não nessa humilde telinha...
ah! e tem o bono vox, impagável.

tomando leite
cacildis!
hoje faz quinze anos que ele se foi.
e pra mim acabou a graça, era só ele que sabia, com maestria, fazer do nosso domingo um dia melhor...
sábado, 25 de julho de 2009
tomara que caia...
sexta-feira, 24 de julho de 2009
faça uma lista dos velhos amigos...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
dando nome aos bois
apenas o fim, de matheus souza
antes que o mundo acabe, de ana luiza azevedo
no meu lugar, de eduardo valente
as melhores coisas do mundo, de laís bodansky
eu amei o primeiro da lista, e quero muito assistir os demais, mas acho que a galera tem feito curso-rápido-de-títulos-de-filme com o maravilhoso zé eduardo belmonte, afinal de contas se nada mais der certo...
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
2010 ?!?
...QUERO DEMAIS!
já já
terça-feira, 14 de julho de 2009
batendo diferente de novo...
sábado, 4 de julho de 2009
mais uma de amor
mais uma de crianças
terça-feira, 30 de junho de 2009
feliz natal

por que raios o selton mello se meteu a dirigir um filme, meu deos?
sexta-feira, 26 de junho de 2009
vou ler meu pasquim
segunda-feira, 22 de junho de 2009
depressa, ação!
sábado, 20 de junho de 2009
aquela mulher... invisível.

demorei porque não queria estragar o visual do post abaixo, dessa linda foto da erika mader e do gergório duvivier, mas cá estamos. não deu pra não falar.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
apenas o fim

esse texto poderia começar assim:
terça-feira, 16 de junho de 2009
entre buda e peste

eu esperei durante meses.
imagino como ficaram os produtores, diretores, iluminadores, atores, maquiadores e todos os outros dores que participaram efetivamente desse longametragem.
confesso que fui com muita sede ao pote, e aí a gente se lambuza mesmo, mas aí acho que confundi os provérbios e mudei de assunto, vamos ao que interessa.
walter carvalho dirigiu a fotografia de praticamente toda a minha lista de melhores filmes nacionais: abril despedaçado, madame satã, lavoura arcaica, central do brasil, janela da alma, chega de saudade... enfim, a lista é imensa.
e lá fui eu ao cinema assistir budapeste com a cabeça cheia de expectativa, livro do chico fresquinho na cabeça, li pela segunda vez uma semana antes de ir ao cinema, e estava crente que a minha teoria do "não pode ser ruim" seria aplicada novamente.
sábado, 13 de junho de 2009
duplamente chato mesmo
tem um pouco de comédia, mais uma pitada de romance, trilha sonora bacana, cortes quase interessantes, uma dose de suspense e cidades maravilhosas como pano de fundo.
e pra completar um casal de delicinhas: julia roberts e clive owen.
tinha tudo pra dar certo se não fosse tão enfadonho.
ai que tédio.
saí da sala de cinema com o maior tédio.
aí vai o trailler, que diga-se de passagem é praticamente o filme todo. as poucas piadas quase engraçadas já estão todas no trailler.
ó santo deus da película, salve-me.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
sobre meninos e lobos
Acontece que enquanto voltávamos, a polícia resolveu agredir. militante não é santo, eu sei... Mas ainda assim, tropa de choque contra estudantes, trabalhadores e professores da usp é mais que covardia: é truculência, AUTORITARISMO, REPRESSÃO!!!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
aceito a minha condição
domingo, 7 de junho de 2009
tô precisando lembrar o tanto que eu sou legal. é isso. eu sou bem legal mesmo! ai. será?

O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar... No meu infinito particular.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
meu cérebro pede socorro
segunda-feira, 1 de junho de 2009
cada qual com 4 aninhos
bem pequerruchos.
duas lindas de cabelos cacheados e sem carinha de anjo.
estavam no mercadão esperando a massa de domingo ficar pronta e resolveram comer um pastel na banca ao lado.
foi ali que se encontraram, as duas, com o terceiro elemento.
apaixonado por uma delas, repetia o tempo todo: oi lu, oi lu!
a tal nem olhava pra ele. cilhos compridos, olhar de soslaio.
a amiga logo pergunta: como você chama?
e a lu, com a mesma cara de quem não dá a mínima, responde por ele: vinícius.
pais e mães observam a conversa de longe.
- lu, eu também vou comer um pastel.
- tá.
- o meu é de carne. e o seu?
silêncio.
alguém responde: ela não gosta de carne.
- porque você não gosta de carne lu? ele pergunta.
- porque não pode matar os bichinhos. finalmente responde ela.
ele pára, pensa e segue:
- mas barata pode, não pode? e mosquito também, porque ele pica a gente.
domingo, 31 de maio de 2009
trocando passos com a solidão
É, deixa estar
A saudade mata a gente
... o tempo passa e eu fico esperando que o vento tire você daqui de dentro. venta forte, frio e eu não estou conseguindo mais ficar assim tão vulnerável.
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração
Mas voltou a saudade
É, pra ficar
Ai, eu encarei de frente
A saudade engole a gente
Aquele poço não tem fundo
É um mundo e dentro um mundo
para bendita
mudei de estado, vim correr atrás da minha vida perdida entre a cuesta, e não tenho notícias dela, a não ser pelo seu blog que acompanho.
e essa semana ela tem postado textos maravilhosos, carregados de dor, sofrimento e angústia, mas repletos de vontade de ressurgir das cinzas.
é isso aí amiga. respira. pára tudo e respira de novo. bem fundo, pra dentro de si. descubra-se. descubra-se forte e encantadora como você é.
é bom mesmo passar por determinados obstáculos. parece balela mas é verdade.
não se preocupe com a felicidade ou infelicidade alheia nesse momento, eu sei que é difícil, mas seja egoísta agora, por hora. e chora, chora um monte. deixe que cada lágrima quente caia no seu colo vazio, porque são dessas mesmas lágrimas que você vai tirar o melhor de si. há muita estrada pela frente. muitos amores novos chegando e indo embora de novo. e a vida segue seu rumo.
fica com deus. com as deusas. com os anjos. a fé na vida e na gente sempre reaparece. vá pisar na terra um pouco. abraça uma árvore e ria de você.
foi bom ter escrito isso pra ti. eu aproveitei e li de novo.
e de novo. e de novo.
quem sabe eu consiga também?
quase sem cabeça
a indecisão não era novidade, sempre sofreu muito com isso, desde pequena: a bomba de creme ou de chocolate? caderno da hello kit ou da moranguinho?
o tempo passou e o grau de dificuldade apenas aumentou: vestibular para enfermagem ou psicologia? morar na praia ou na cidade? casar ou comprar uma bicicleta?
a diferença é que agora tudo acontecia com uma terrível dor de cabeça.
fazia exatamente três dias que a cabeça só doía.
muito diga-se de passagem. dorflex não fazia nem cócegas.
e agora ela teria que decidir novamente:
continua esperando que passe ou toma logo uma atitude?
quarta-feira, 27 de maio de 2009
nostalgia
o clipe mais triste que eu já vi na vida.
... você só me fez mudar e depois mudou de mim...
é uma filha da puta mesmo.
e tenho dito!
saudável pero no mucho
bons ares.
vida nova.
caminhadas pela manhã.
sem carne há duas semanas.
eis que surje:
www.comidaecologica.com.br
teve demonstração em casa de um prato doce.
eu jurava que era tudo menos banana. era bom demais pra ser verdade.
depois teve o salgado. tudo cru. nada de cozinhar os alimentos.
e eu me esbaldei.
e tem curso na sexta-feira o dia todo.
depois eu conto por que agora eu tô na lan house saboreando meu big-chocolate.
no words
basta querer.
mas existem alguns momentos que não rola.
pão tem que ter manteiga.
pra sorrir tem que achar graça.
pra descansar há que se estar cansado, enfim...
e os dias vão passando e o blog abandonado.
não vou ao cinema.
não fui ao teatro.
mudei de cidade e agora rola o período de falta de matéria-prima, sacaram?
mas como eu me lembro bem que escrever é como andar de bicicleta, se a gente fica muito tempo sem andar as primeiras voltas são um desastre, passei por aqui... e aí ficou assim... esse lance sem nexo.
depois tem mais.
domingo, 17 de maio de 2009
novinho em folha!
desejo
de.se.jo
(ê) sm (baixo-lat desidiu) 1 Ação de desejar. 2 O que se deseja. 3 Anseio, aspiração veemente. 4 Cobiça. 5 Apetite, vontade de comer ou de beber. 6 Apetite carnal, concupiscência. 7 Desígnio, intenção. 8 Psicol "Impulso, acompanhado da imagem da sua satisfação; surge quando há demora na satisfação desse impulso" (Donald Pierson).
ah... essa maldita concupiscência!
sábado, 16 de maio de 2009
estômago

culinária + poder + sexo + crime passional = estômago.
eu ainda estou digerindo aos poucos.
algumas cenas sublimes, leves, saborosas. me emocionei muito. um suflê.
outras pesadas, augustiantes, mas nem por isso ruins. uma pratada de feijoada.
e poucas altamente dispensáveis como uma buchada de bode.
me deu fome mesmo. fome de comer e beber saboreando, como há tempos eu não faço.
fome de paixões enlouquecidas como há tempos eu não vivo.
uma história repleta de contradições, com um personagem simplório, quase ignorante, mas apaixonante! capaz de utilizar com maestria o dom que tem a seu favor, pra se dar bem na vida.
ele queria ser respeitado como nonato canivete, mas virou o alecrim, e nem por isso se deu mal.
quantos você conhece que ao menos consegue enxergar o seu próprio dom?
esse é um filme tipicamente brasileiro mesmo.
é a nossa realidade ali, nua e crua, as vezes mal passada, com azeite ou tomilho.
"até o pior filme brasileiro nos diz mais que o melhor filme estrangeiro"
paulo emilio salles gomes.
solidão
as vezes ela me pega de jeito.
me morde, em arrasta, segura com força.
sei que não posso permitir... mas me sinto tão vulnerável.
deixa que venha.
classificados
drinkcolorido cigarro cinema viagem terramolhada beijoroubado abraçoinesperado correria
mostralatinoamericana novos amigos velhos amigos tempo passando vida rolando sumindo
reencontrando sentindo de novo movimento vaievem e vaievem mais uma vez perdidamente
apaixonada por dois dias pipoca cinema enlouquecer perder o juízo ganhar presente banhoquente
alpendre rede livro cerca mato e o canto dos pássaros.
e agora josé?
sexta-feira, 15 de maio de 2009
ponto final
principalmente na memória afetiva.
algum fato importante?
digita lá: porre homérico ou férias na praia ou primeira sacanagem ou qualquer coisa que o valha, a cena surge fresquinha.
dificuldade em deletar algumas lembranças?
digita a palavra chave e bloqueia tudo que se refere.
joga na lixeira que depois de algumas semanas o programa se encarrega de sumir com aquilo, mesmo se quiser você não vai encontrar novamente... e ponto final. simples assim.
desejo
de perder a razão, o sentido, a compostura, o juízo.
razão sempre achou que tivesse e se divertia com isso.
sentido nunca fez direito.
juízo e compostura eram do corpo pra fora.
poucos sabiam o turbilhão que rolava do corpo pra dentro.
tudo culpa do desejo.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
admirando
fosse o que fosse ela estava gostando.
gostava de perceber aqueles olhos apertados a observando de soslaio.
e os olhares não mentem.
talvez se fosse mais magra, mais ruiva, menos sorridente, mais discreta, menos prolíxa, mais sonhadora, mais confiante, menos ela mesma.
talvez fosse admiração. só isso.
era apenas admiração.
e ela já havia passado da fase de querer demonstrar o tamanho da sua admiração entre um orgasmo e outro.
tomou um banho gelado e antes que o dia amanhacesse, foi procurar no dicionário o significado da palavra admiração.
check in
não apenas pelo enjôo involuntário ou aquele cheiro característico.
mas por todas as despedidas.
é ruim partir. mas é bom demais chegar.
e assim adormeceu pensando o quanto um dependia do outro.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
frio da cuesta
dessa vez os planos são outros, talvez um pouco mais ousados.
faltam alguns elementos do momento anterior, mas como esse é um novo momento me resta apenas sentir saudade e ver para crer.
botucatu não é a mesma e eu muito menos.
bora trabalhar que a pegada agora é essa.
MOSTRA LATINO AMERICANA.
essa é a bola da vez.
já tem até sugestões de filmes...
preciso sair do ponto morto e engatar a primeira, e fica difícil sem saber se viro à direita ou à esquerda.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
usher e entr'acte
foi o primeiro da noite.
cinema mudo. preto e branco. impressionismo alemão. década de 30.
medo geral.
pensei que não conseguiria, que fosse pedir pra sair.
e foi justamente o contrário, experiência bacana.
pipoca, risadas, comentários durante o filme, trilha sonora perturbadora.
fiquei com vontade de repetir a dose, me acostumar com esse universo.
Entr'acte
foi o segundo da noite. já havia passado um tempo, as pessoas já estavam mais alcoolizadas, penso até que talvez possa ter sido uma estratégia dos organizadores.
enfim, outro susto. piração total.
uma das cenas mais bonitas que eu havia visto... um balé maravilhoso com a câmera por baixo da bailarina, aqueles trajes anos 30, enfim, corta para um rosto barbudo, de óculos e sem noção.
o grand finale com direito a varinha de condão e tudo mais... nem sei o que comentar!
cineclubismo, experimente você também!
sem censura
Ou será que realmente ela estava ficando maluca e enxergando coisas que não existiam?
Se perguntou milhares de vezes se os sinais eram sinais reais.
Seus pensamentos já haviam lhe pregado peças outras vezes, não queria correr o risco, se sentia fragilizada o suficiente pra não suportar outra derrota.
Mas não era possível... aqueles olhares. Eram apenas olhares, entendia isso... mas não eram olhares singelos e inocentes. Os dela não eram, e ele retribuía, não fugia pelo menos.
Ela sentia uma fragilidade naquele olhar, tanto quanto no dela.
Eles, os olhares, eram cúmplices de algo que estava por vir... ou não.
Desejo. Tudo baseado no desejo, e não havia nada demais nisso.
Sabia o quanto aquela boca combinava com a dela.
O quanto aquela mistura a atraía.
Mas a falta de disposição ou talvez a facilidade das coisas mudaram o rumo da história.
E foi dormir pensando o quanto as vezes é fácil demais esquecer.
Caiu num sono pesado, sabendo que o dia seguinte teria o gosto de movimento na boca. E movimento é sempre bom, sempre.
Inclusive em momentos como aquele.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
virada cultural interestadual
ela partiria do cerrado na terça-feira dia 28.
e entre muitos contratempos precisou trocar sua passagem às pressas pro dia primeiro de maio...
mas vejam vocês... vai rolar sessão de cinema na casa de um querido com tantos outros queridos na quinta. e quando aterrisar em são paulo terá que escolher:
Tom Zé no Municipal
Fafá de Belém no Municipal
Marcelo Camelo na São João
Maria Rita na São João
CPM 22 no palco da República
Wando no largo do Arouche
acho que wando no Arouche vai ser tudo nessa vida.
desapaixonando-se
parecia fácil... mas eram 11 horas e o sol ardia na moleira.
desceu na rodoviária, pegou outro buzão, vulgo baú, e seguiu em frente, caminhando e cantando e seguindo a canção.
entregou o envelope um pouco decepcionada, pensou que a resposta viria no mesmo momento, mas teria que esperar até amanhã.
tentou retornar pra casa. ficou horas no ponto, depois horas na rodoviária novamente, caminhando de um lado pro outro e observando o caos instalado, instaurado e definitivo em que aquele lugar permanece.
trabalhadores, brancos, negros, crianças de colo, doentes, cheiradores de cola, trombadinhas, travestis, policiais, cobradores, motoristas, fiscais... ninguém consegue transformar o caos.
ônibus quebrados, guias imundas, filas enormes, de pessoas e de carros, atrasos incontáveis, e descaso total.
foi essa a minha indignação de ontem no final do dia.
nos meus dois anos de brasília, passei poucas vezes por isso, mas foram suficientes para que ímpetos de... de... de... extermínio me viessem à cabeça.
alguém tem o telefone do arruda aí?
terça-feira, 28 de abril de 2009
apaixonando-se
agora que resolvi virar as costas ela fica se abrindo toda...
sexta-feira, 17 de abril de 2009
saudades do cerrado
outra lôra na minha vida de DF. fala pra caralho, fala mais que a boca e está tão disposta a ser tua amiga qto a primeira lôra. gostei desde o início, minha primeira amiga no cerrado. tem um nome tão diferente e especial quanto ela. amo a kalinka.
conheci dia desses. mas nem importa o tempo, importa só o quanto o cara é especial, tem história pra gente viver junto ainda, histórias de cinema! ralando um monte e descobrindo coisas. amo o thiago.
um dia eu achei que iria apanhar de alguém na rua de tão braba que ela estava. ledo engano, até parece que eu já não sabia que cão que late não morde... ela na verdade é um docinho escondido naquela casca de que não tá nem aí pra vc. participou de quase tudo da minha vida aqui. amooo a nat-nat.
ela acha que conhece a cidade inteira, quer confraternizar com o mundo inteiro porque tudo é uma grande festa. d, fotografa, pinta, borda, te dá bolsa e logomarca de presente. amo a polli.
a gente se viu poucas vezes nessa vida de cerrado. a primeira vez foi num show do bossacuca, e ele estava lá registrando meu encontro com o saxofonista mais maravilhoso do planeta terra. parece um irmão mais novo, é um gato, um gostoso, uma delícia de pessoa. amo o arthur.
ainda tem outras pessoas tão especiai quanto essas... uma família-torta que me adotou bem no início da minha caminhada nessa terra perdida. com tia, tio, primos postiços e uma prima de verdade, que me deu de presente um dos momentos mais especiais da minha vida: sua barrigona mexeu pela primeira vez quando estávamos comendo pipoca e assistindo sessão da tarde. Amo cada um deles. todos. inclusive o primo-eterno-primo e o filhotinho, claro.
tiveram outras duas figuras mega importantes e essenciais pra essa caminhada no distrito federal, e no meio de todo o turbilhão elas voltaram pras suas terras amadas, assim como eu estou fazendo agora. juanita e daniela. apesar de cariocas elas são bem legais...
e foi assim, desse jeito meio torto que eu resolvi gritar pra vocês todos o tanto que estão guardados aqui dentro pra sempre. eu espero cada um de vocês lá em botucatu pra gente continuar dividindo momentos especiais como os que vivemos aqui, só que com a presença de muitos sacis, cachoeiras, bolo de fubá, cineclube, teatro e música de raiz.
Já tô com saudade.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
em cena
que rolou infância, alfabetização, bolo de aniversário, presente do primeiro namorado, colo de avó, viagem de férias, amigos da escola, entrada na faculdade, primeiro emprego, segundo, terceiro, milésimo desafio, noites de paixões calientes, noites de solidão completa... e aí você se olha no espelho e se pergunta:
- uai, já começou?
quem tocou o terceiro sinal? mas eu nem comecei o ensaio geral ainda!
.
.
.
adoooro.
daqui duas semanas são 32. acho que já consigo dirigir meu próprio espetáculo.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
encaixotando
comecei vagarosamente a colocar tudo nas malas, nas caixas.
encaixotar não é tão ruim.
cada pedaço de pano, de papel ou sapato, tudo ali tem uma história.
uma história que é minha e me acompanha por onde eu for.
entre uma fuga e outra fui juntando trapos, fotos e fatos.
entre desencontros e milhares de encontros.
as vezes cinematográficos, outros nem tanto, mas juntando tudo, colocando no mesmo balaio o saldo é sempre positivo.
ed motta me acompanhou nesta primeira leva de empacotamento.
ele e aquele olhos apertados que não saem da cabeça.
ele e aquele sorriso tímido quase sem vontade.
amanhã tem mais.
sábado, 11 de abril de 2009
é isso por hoje
Diego não conhecia o mar. O Pai, Santiago Kovadloff,
levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fugor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente coseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!
(Eduardo Galeano in O Livro dos Abraços)
sexta-feira, 10 de abril de 2009
musicais
não teve nada demais. foi bom na medida certa...
foi musical.
ré um cima de mi sem dó.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
nublados
aqui em brasília eles existem pra fazer a gente se sentir ainda mais solitária.
e já tem umas quatro manhãs que o sol se recusa aparecer...
na verdade eu sinto esses dias muito iluminados.
boa noite.
paulista
de Jair Oliveira, do Bexiga e da Vila Madalena.
eu amo Céu, Dona Zica, Luiz Tati e Tom Zé.
eu assisto Terça Insana, eu tenho saudades do dog da USP, do Espaço Unibanco, da breja gelada do BH e do PF do Estadão.
sou fã do Arnaldo Antunes, Anna Mulayert, Marcelo Masagão, Paulo Miklos e dos espetáculos da ECA e do CPT.
eu quero caminhar pela avenida paulista!
eu sou paulistana meu!
quinta-feira, 2 de abril de 2009
entre um B e outro... aqui vou eu!
perdidamente. é, perdidamente pq pra mim é assim, é sempre coisa de pele.
tem que bater os olhos e sentir algo diferente no primeiro momento.
e foi mais ou menos assim. a primeira vez que bati os olhos em você te senti diferente, claro, todo mundo sente vc assim... não deu pra sacar logo de cara qual era a tua, qual era a minha, mas eu sabia que ia rolar alguma coisa.
rolou.
rolaram dois anos de entendimentos e desentendimentos.
me senti extremamente solitária contigo. você não conseguiu me abraçar do jeito que eu precisava, não me acolheu como eu queria ou imaginava.
mas me deu algo que eu jamais vou esquecer e nunca vou conseguir retribuir: maturidade!
você me obrigou a viver, a pensar em coisas que eu jamais imaginei sozinha. aos trancos e barrancos você me fez crescser. obrigada!
eu te agradeço com a alma, e te peço desculpas por ter que te deixar pra trás.
eu tentei mesmo me apaixonar, me esforcei, dei o melhor de mim nos últimos meses, mas foi o meu máximo. você também não colaborou muito... existem milhares de coisas em você que são assim há 48 anos e não vão mudar. paciência. eu não te condeno, não te culpo, apenas entendo e tiro meu time de campo.
é isso brasília. valeu por cada momento.
mas botucatu me espera com a certeza de um amor incondicional. repleta de ipês coloridos, de morros, subidas, descidas, esquinas... ah! com milhares de esquinas! e casarões do século passado! e ruas de paralelepípedo e praças! muitas praças!
eu proponho um acordo. nosso caso será diferente. um novo caso de amor.
eu volto sempre que puder. uma vez por mês no mínimo. e aprendi a te respeitar como tu és. e a gente vai caminhando. estou pensando em novas formas de viver a nossa relação.
é isso.
quinta-feira, 26 de março de 2009
volver
Re-torno.
De tornar novamente.
De continuar na estrada já traçada depois de um período de renovação.
Começar de novo.
Não gosto de retorno, prefiro novo começo.
Eu sou outra. A cidade é outra.
Só os ipês e o sino da igreja que continuam lá implacáveis, prontos pra me receber de braços abertos. E eu volto correndo.
Botucatu aqui vou eu...
quarta-feira, 25 de março de 2009
vai estreiar!
eu tava lá, na produção. e agora mostro toda orgulhosa pra vcs.
quem tiver a oportunidade, assista!
terça-feira, 24 de março de 2009
tv drops II
hoje eu vou dormir assistindo pela enésima vez "os normais", o filme.
adoro, simplesmente adoro, a cena com as explicações mega didáticas sobre o tamanho do O.B. e a inveja da xoxota média. vale o filme todo.
saudades de assistir besteirol.
boa noite.
tv drops
tem passagem?
só de ida?
hunf.
domingo, 22 de março de 2009
mais um domingo
falta de vontade de passar por aqui.
continuei lendo diariamente meus queridos companheiros noturnos na lista ali ao lado, e como gosto disso! mas sinceramente aparecer aqui sem vontade acho que seria ruim pra mim, pior pra vocês.
mas cá estou.
domingão, final de dia, começo de noite, chuva chegando e a segunda-feira sussurando em meu ouvido.
e eu não tenho TV à cabo, lembram?
tô tendo que engolir o faustão mega-mala, coitado.
enfim, as coisas por aqui estão se acertando e daqui a pouco tenho boas novas, espero dividí-las em breve.
por enquanto divido meu domingo diferente. acordei bem cedo, como não é de costume nesse dia, e fui fazer uma visita especial. muito especial pra mim... conheci o lar são francisco de assis, e entre velhinhos e velhinhas impossíveis de descrever aqui, passei a manhã de domingo ensolarada pelo sol mais iluminado do mundo.
um beijo pra minha amiga querida que me levou nesse lugar.
e boa semana pra todo mundo.
terça-feira, 10 de março de 2009
calando
eu também poderia falar sobre a garota de nove anos, grávida de um estupro do padastro, e todas as asneiras que a igreja católica continua teimar em gritar aos quatro ventos, mas não tenho estômago.
podia comentar sobre a novela das oito, as demissões da embraer, a imbecilidade do pedro bial, ou o site pra baixar filmes brasileiros que me indicaram essa semana.
mas eu prefiro não falar nada.
porque na verdade eu tenho outra coisa importante pra dizer, mas não posso.
é tempo de calar. silenciar e sentir.
quem sabe esperar...
quinta-feira, 5 de março de 2009
e agora?
aquele momento do vai ou racha.
de não saber se casa ou compra uma bicicleta.
e o pretendente é perfeito, e a bicicleta a melhor do mundo...
quarta-feira, 4 de março de 2009
é proibido falar
e J.C. não é jesus cristo, e sim justa causa mesmo. demissão forte.
o lance vocês já sabem: exibimos o filme, antes da sua finalização, com a presença do diretor para um debate.
a platéia (e os funcionários...) se comprometem a não divulgar o conteúdo, e respondem a um questionário.
a pesquisa de opinião tabulada e uma cachoeira de informações, críticas e sugestãoes caem no colo do diretor dali alguns dias.
mas esse mês foi foda...
eu sei que eu não posso, mas não pude me conter, e esse blog nem é tão lido assim, enfim, só posso dizer que eu fiquei num tesão enorme ouvindo aquelas pessoas comentarem o filme... imaginem como deve ter ficado a anna muylarte, nossa convidada desse mês.
e o filme é duca mesmo. é paulista meu. tenho dito.
eu falei mais do que devia, a dica está dada.
o resto você fuça no youtube e tira suas conclusões.
terça-feira, 3 de março de 2009
meu tesouro
pois bem. pra mim já.
era um domingo ensolarado. final de tarde, um entardecer lindíssimo. fui ao aeroporto buscar meus tios que voltavam de uma semana de férias em porto de galinhas.
e lá estava ela. aquela criatura linda com menos de um metro e meio, vestidinho rodado, nem três anos ainda.
ela estava morrendo de saudade da vóvóisa e do vovôide. por isso nos encontramos.
a avó dela, minha tia no caso, havia trazido uma caixinha bem pequena.
pequena mesmo, um pouco maior que a palma da mão da criança.
e naquela caixinha havia um tesouro. eram muitas conchinhas, recolhidas pela avó com o maior amor do mundo. e ela veio me mostrar toda orgulhosa: olha a caixinha do tesouro do porto das galinhas, foi a vovõ que trouxe.
e eu encantanda: são conchinhas!
ela: não! é um tesouro!
e entre beijos e abraços de alegria por reencontrar a vovó, quando nos despedimos ela me vem com essa pérola: vou guardar a tia bela na caixinha de tesouro do porto das galinhas...
nem preciso dizer né... eu tô lá. junto com o tesouro.
só pedi pra ela abrir a caixinha e me dar boa noite todo dia porque eu tenho medo do escuro. vocês precisavam ver aquela carinha.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
até quando?
E hoje era seis de abril. Na cama, abriu a bolsa e tirou um pequeno embrulho vermelho.
Apalpou o conteúdo do embrulho e disse, sem que ninguém pudesse ouvi-la: até quando?"
alessio di pascucci.
ele me confessou que foi praticamente uma psicografia... eu fiquei contente por ele ter lembrado de mim, mas fico triste ao imaginar que posso acabar meus dias assim...
enfim, só sei que tem dias que a única coisa martela o meu juízo é a eterna pergunta: até quando?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
linha de passe
eu estava ali, bem no meio do X, no eixo central, dando a volta na rodoviária, passando em frente a esplanada, no início da curva em direção a asa norte...
foi quando eu reparei aquele fusca branco conversível.
eu adoro fuscas.
conversível então é puro charme.
estava garoando. aquela chuva de spray, sabe como é?
é difícil fazer frio em brasília, mas rolava uma brisa geladinha.
e tudo contirbuía pro cenário melancólico e solitário no final de uma tarde cinzenta pós feriadão.
e dentro do fusca havia um casal.
um casal que conversava e ria no conversível. ria mesmo chovendo.
e se beijavam também. e eram tão felizes!
e aquilo meio que começou a doer no meu estômago. sei lá se é mesmo estômago.
eu sei que é bem aqui entre meu peito, meu umbigo, minha cabeça e meus pés.
e quando eu estava quase me desfazendo em lágrimas. quando eu estava prestes a descer do carro implorando pra que eles sumissem da minha frente eu ouvi aquela voz ao fundo...
era o joão bosco. era a rádio nacional.
era Toca de tatu, lingüiça e paio e boi zebu
Rabada com angu, rabo-de-saia
Naco de peru, lombo de porco com tutu
E bolo de fubá, barriga d'água
era o pega lá no toma-lá-dá-cá, do samba
Um caldo de feijão, um vatapá, e coração
Boca de siri, um namorado e um mexilhão
Água de benzê, linha de passe e chimarrão
Babaluaê, rabo de arraia e confusão...
aí eu aumentei até onde deu.
gritei, sambei do quadril pra cima e ri da vida.
e achei o máximo poder rir de mim e da minha solidão.
adoro samba. e acho que estou mesmo na linha de passe.
chicando
e o que eu mais gostei foi a parte bem do começo.
começo do começo.
quando passou o trailler do "budapeste".
quase morri.
depois eu comento a kate que estava realmente maravilhosa. mas por hora é o chico. sempre o chico.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
pede a banda pra tocar um dobrado...
aprendi com seu murilo* que um dobrado cura tudo.
com seu olímpio**, que apesar de a maioria desejar aposentar-se quando finalmente acontece, mesmo aos 91 anos, pode ser assustador.
percebi que quanto mais lotado melhor, que posso comprar queijo do reino a 12,90 o kilo...
e que provar o pedaço de abacaxi mais doce do universo é uma experiencia única.
também descobri que comprar cachaça é uma tarefa muito complexa quando se está em minas. são mais de 50 tipos, com nomes, cores e rótulos diferentes em uma mesma prateleira podem te deixar alucinada.
por enquanto foram cinco dias de muito trabalho num sobe e desce frenético no elevador onde a ascensorista, que nunca te viu na vida, te beija e te deseja um bom dia todas as 50 vezes que vc o utiliza... não dá pra ficar de mal humor.
difícil vai ser voltar pra casa.
eu poderia ter nascido mineira.
agora eu vou curtir minha tv a cabo no 802. boa noite que amanhã tem mais minas gerais.
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*murilo pereira, frequentador do mercado central de belo horizonte, 84 anos, com corpinho de 79, segundo o próprio.
** olímpio martelleto, 91 anos, ex-proprietário do ex-armazém aymoré. dedicou 75 anos de sua vida ao armazém. aposentado desde o ano passado continua indo diariamente ao mercado central.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
comida de boteco
já ouviram falar em comida de boteco?
tô indo conferir um dos pratos vencedores... voltemos ao assunto "não tem como ser ruim"...
almôndegas de carne seca
recheio de queijo parmesão
creme de abóbora
pimenta de cheiro
.
é. não tem mesmo não.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
... eu tive um pesadelo agora!
já falei sobre esse assunto em outro post e por isso venho aqui me retratar publicamente.
deixe-me explicar melhor...
leite condensado com chocolate. tem como ficar ruim? não, não tem.
misturar creme de leite, leite condensado e suco de maracujá tem como ficar ruim? não, também não tem.
é mais ou menos esse o sentido da história, coisas boas misturadas sempre ficam melhores ainda, e foi nesse clima que depois de um dia mega cansativo e de ralação total no mercado central de BH, que eu, ao invés de quietar e repousar, corri pro teatro da cidade assistir "mulheres de hollanda".
é chico buarque. não tem como ser ruim.
ledo engano...
gente, sem chance.
piegas. brega. cantoras-atrizes que não fazem nem uma coisa nem outra.
figuras masculinas sem a menor expressão.
(minha amiga jura que viu ele mexendo a sombrancelha na quarta música!)
enfim, me sinto péssima em falar mal da "arte alheia", cada um no seu quadrado, mas eu não me contive dessa vez... o "espetáculo" era pra ter um pé no drama, eu pelo menos achei que essa foi a vontade do diretor, mas o drama virou um dramalhão e eu tive vários acessos de riso nas partes mais melodramáticas...
ui. vergonha alheia o tempo todo. melhor que regina duarte.
resumindo: as vezes aquilo que tem tudo pra ser bom, pode não ser... hunf.
não compre gato por lebre, não crie expectativas, e não convide o chico pra ir ao teatro da cidade nos próximos finais de semana.
amanhã tem mais BH. e sem teatro, prometo!