domingo, 30 de novembro de 2008

quase uma adolescente...

não era possível que mais uma vez iria dar uma importância maior que o normal para as coisas.
não.
definitivamente ela não iria escrever sobre isso.
respirou.
respirou mais uma vez e lembrou o que movia tudo aquilo.
um sentimento adormecido e tranformado, mas nem por isso menos digno ou sem importância.
respirou de novo.
e se sentiu ridícula.
e jogou tudo pra debaixo do tapete.
um dia desses pensaria nisso.
agora era dormir, ou pelo menos tentar.
e se sentiu ridícula de novo.
mas alguém já havia dito que todas as cartas de amor são ridículas... mas aquilo não era amor, e nem havia escrito nada a respeito...
e foi rir um pouco sobre o ridículo.

explosão internacional

ela costumava repetir o nome da cidade numa média de três vezes por história que contava.
os amigos, os vizinhos, os vizinhos amigos e os nem tanto... o porteiro, o zelador, o síndico, os patrões e o cobrador de ônibus. todos sabiam que ela viera de botucatu.
ninguém acreditava, pensavam que a cidade era mais uma dentre as milhares que existem no interior de SP, mas não... depois de tantas referências não era possível ser apenas mais uma cidade, era com certeza A cidade.
quando assistiam a corrida e comentavam a performance do massa ela dizia, nasceu em botucatu.
no ônibus? era só ler: caio. fabricado em botucatu!
chovia demais? ela contava a história da chuvarada que levou seu telhado na primeira casa que alugou onde? em botucatu.
uma vez receberam a visita de um prefeito do PT que acabara de se eleger numa pequena cidade do rio grande do sul, e ele era amigo de quem? do prefeito de botucatu.
aviões? embraer-neiva. que fica onde? já sabem...
era assim. o nome da cidade já estava nas rodinhas. todo mundo já sabia o tanto de cachoeiras, de sacis e de artistas que a cidade escondia.
até que ela mesmo teve a grata surpresa...
estavam voltando do aeroporto, traziam uma amiga que acabara de chegar de uma temporada de um mês na espanha, e como num rompante, a recém chegada grita:
- nossa! eu estava no metrô em barcelona prestando atenção nas notícias mundiais que passavam num telão, quando de repente vi: bandidos explodem cadeia em BOTUCATU.
não restava mais dúvida, de um jeito ou de outro, botucatu era internacional.
e ela não teve dúvidas:
- vocês ouviram isso? botucatu, no metrô em barcelona!

sábado, 29 de novembro de 2008

lolita?

elas bebiam vinho tinto e matavam a saudade quando a cabelo-desbotado trouxe o assunto à mesa.
- essa semana saiu em tudo que é site a "notícia" do namoro entre marcelo camelo e malu magalhães, sei que vc é fã do cara, e aí?
a morena riu.
a loira perguntou quem era marcelo camelo mesmo...
enfim, divagaram sobre relações com homens mais maduros, como no caso do ex-los hermanos, e vice-versa.
sem cair na conversa de pedofilia, tentavam, cada uma a sua maneira, imaginar relações entre homens de sessenta e garotas de dezessete, lembraram "lolita", de vladimir nabokov, citaram o excelente longa de kubrick, e a conversa foi tomando corpo, até que...
- só freud viu... a diferença não existe em um período da relação, mas depois ela grita, te joga na cara aqueles 20 anos de buraco... um no auge de realizações e construções, o outro querendo quietar-se... isso deve ser algum distúrbio... pensa alto a cabelo-desbotado.
- bom, eu tinha dezessete anos quando casei com fulano, na época ele tinha 47, e nós...

pois é... não dava para voltar atrás, não existe dis-dizer alguma coisa, e foi assim, entre risadas, foras, vinho tinto e muita história pra contar que elas comemoraram o reencontro.
e cada um no seu quadrado, sempre.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

pra não dizer que não falei das flores



quem tem solidariedade hoje em dia sem cobrar nada?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

cegueira

eu bem queria fazer qualquer outro comentário, mas não rola.
não rola nem ser educadinha...
minha conclusão do festival de brasília esse ano?
gosto é que nem c... mesmo. graças a deus cada um tem o seu.
eu só posso crer nisso.
e tenho dito.
.
.
.
bastidor bem café-com-leite: um passarinho verde me contou que foi o maior quebra pau na reunião de júri. deve ter sido bacana.
enfim, eu sei qual o meu lugar de reles expectadora, nem estudante de cinema ou qualquer coisa parecida eu sou, eu apenas amo, e amor é passional mesmo, então sem o menor embasamento crítico eu digo: vão se foderem! cleópatra o ano passado e esse outro aí esse ano? parem o mundo que eu quero descer... e os melhores filmes receberam o prêmio vaga-lume...
sabem o prêmio vaga lume? aquele onde a comissão é cega. são todos deficientes visuais...
é... cegos.
será?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

soninho

hoje ela só queria dormir.
a terapia foi paulada.
a reunião confusa.
o espetinho delicioso.
a conversa frutífera.
mas o soninho seria dos deuses.
e foi deitar.

domingo, 23 de novembro de 2008

onde?

ela estava sem sono. talvez cansada, mas não com sono.
já havia desligado o computador e queria apenas tentar dormir.
amanhã era o início de mais uma semana, queria estar inteira, pronta.
mas não conseguiu... precisava de alguma forma pensar, refletir, agradecer pelos últimos acontecimentos.
sentia-se estranhamente bem, embora fragilizada.
sentiu dores fortes pela manhã, chorou, amedrontou-se, sentiu mais medo que o normal, se entregou aquilo tudo, farta, exausta de ficar resistindo. e pensou: de novo. quantas vezes ainda terei que me submeter a exames, a incertezas quanto ao meu próprio corpo? quanto tempo ainda vou ficar achando que a máquina que existe dentro de mim está entrando em pane? a pane existe realmente ou só dentro da minha cabeça?
e de tanto pensar chorou novamente. foi quando o telefone tocou.
um convite para um almoço numa quase tarde estranha no cerrado. clima cinza.
e foi. sair de casa , mesmo que por pouco tempo, significaria respirar.
respirou um monte, conversou mais um tanto e voltou pra casa quieta. uma quietude intensa, reconfortante, e cochilou o cochilo dos deuses.
depois foi ao mercado, riu um bocado, passeou entre as gôndolas, comeu pão com salame e muito chocolate na companhia de um vizinho e amigo querido.
e agora era a hora do sono. do reconforto final.
e pensou o quanto era abençoada.
o quanto gostava da sua vida, das suas conquistas, dos seus amigos, dos desconhecidos, das perspectivas, do futuro, do passado, do presente, das ruas que havia passado... do conforto que podia dar a si mesma. e mais uma vez ficou sem entender como era capaz se sentir daquela forma, aquela ambiguidade ambulante... agradecida ao universo e insatisfeita com a vida. como poderia ser diferente? como transcender aquilo tudo? precisava deixar de ser ingrata...
e foi assistir um DVD que era mais fácil.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

nada de pouco

essa semana aconteceram coisas que eu não sei ao certo.
só sei que aconteceram, que tem algo de podre no reino da dinamarca... enfim.
e depois dessa nebulosidade toda, outros dois fatos me fizeram tomar uma decisão:

1 - o post do blog "do meu mundo":
Já não beijo mais sapos. Por favor, não insista.

2 - um poema de um amigo distante:
meu barato agora é outro
meu amor ficou mais caro
não me contento com tão pouco
só me entrego em caso raro!
alessio di pascucci

é isso por hoje.
ah! e vale para amizades também...

sem palavras

cronograma
iphan
cliente
portifólio
tá chovendo
dor nas costas
soninhosozinha
amiga no MSN
fome de doce
licitações
música alta
o tempo não passa
sexta feiraaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

segunda noite

a segunda noite teve um sabor diferente.
esperando a mesma movimentação do ano passado, chegamos cedo à praça de alimentação do cine brasília, e o que nos esperava era outro público, outra energia.
talvez o público seja o mesmo de sempre, mas a energia era outra, diferente... ninguém a procura de "grandes celebridades", apenas pessoas querendo conversar, se encontrar, rever amigos, fazer contatos.
acredito que a diferença se deva a todo o burburinho que se formou na "rádio peão" sobre um festival repleto de documentários. eu confesso que estranhei quando saiu a lista dos selecionados, mas pensei que poderia ser interessante, no mínimo o público seria diferente.
e se alguém sentado na platéia ontem tinha alguma dúvida se daria "certo ou errado", pode dormir tranquilo, o público respondeu muito positivamente e imediatamente.
o longa "o milagre de santa luzia" foi aplaudido já nos primeiros minutos.
eu me emocionei um monte. do início ao fim.
a fala do diretor me pegou. eu não ia ficar pra assistir o filme, estava cansada, queria apenas os curtas, coisa rápida, e voltar pra casa... ledo engano.
"eu prefiro ser vaiado do que perceber uma platéia em silêncio".
e pra melhorar discursou sobre a auto-estima do brasileiro, o momento em que passamos e que temos um olhar mais apurado sobre nossa história, enfim, o público curte documentário sim.
o resto foi só alegria.
dominguinhos caminhando pela estrada e sanfonando com a alma.
pois é. nem preciso contar o resto.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

esta noite

divulgando e dançando, divulgando e dançando!
(a la silvio!)
20h30 e 23h30, Cine Brasília
Mostra Competitiva 35mm
A Mulher Biônica, de Armando Praça, 19min, CE
Que Cavação É Essa?, de Estevão Garcia e Luís Rocha Melo, 19min, RJ
O Milagre de Santa Luzia, de Sergio Roizenblit, 104min, SP

longa paulistanooooooooooo!
Cine Brasília
EQS 106/107
61 - 3244 1660
people, o cine brasília é na ASA SUL, por favor hein...

porque ir?
seis mangos o ingresso
longa paulistano
praça de alimentação com petisquinhos gostosos
confraternização geral!
e viva o cinema nacional, sempre!

dominguinhos e renato borguetti

O Milagre de Santa Luzia
Direção: Sergio Roizenblit
Documentário, cor, 35mm, 104min, SP, 2008
O Milagre de Sta Luzia é uma viagem pelo Brasil que toca sanfona, conduzida por Dominguinhos, principal sanfoneiro vivo do país. Entre encontros acompanhados de muita música e reunindo depoimentos de seus principais instrumentistas, o filme faz um mapeamento cultural das diferentes regiões do país onde a sanfona se estabeleceu.
Elenco: Dominguinhos, Sivuca, Arlindo dos 8 baixos, Camarão, Genaro, Pinto do Acordeon, Joquinha Gonzaga,Dino Rocha, Elias Filho, Gabriel Levy, Toninho Ferraguti, Mario Zan, Osvaldinho do Acordeon, Renato Borghetti, Gilberto Monteiro, Luciano Maia e Quartcheto, Luis Cralos Borges, Edson Dutra dos Serranos, Bagre Fagundes, Telmo de Lima Freitas e Patativa do Assaré.
Produção executiva: Marilia Alvarez
Fotografia: Sergio Roizenblit e Rinaldo Martinucci
Montagem: Sergio Roizenblit
Som: João Godoy, René Brasil e Thiago Bittencourt
Trilha sonora: as musicas são de autoria dos instrumentistas registrados (personagens)Produtora: Miração Filmes Ltda

primeira noite

caraleo.
sem palavras...
prazer, eu sou isabela, e esse é lauro escorel, e eu nem sabia da existência dele. meu deos!

a noite de abertura foi bacana, sempre a mesma xurumela. cervejitas, salgadinhos, refris, algumas caras conhecidas, outras beeem conhecidas, e muitas nunca te vi... enfim, foi isso, flashes e tapete vermelho, mas a fotografia do São Bernardo é algo que precisa ser visto.
restauradíssimo. belíssimo.
essa aí é "o cara".



terça-feira, 18 de novembro de 2008

dada a largada!

41 Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Se eu conseguir comparecer todos os dias o blog ficará mais interessante e movimentado.
Hoje é noite de abertura, somente para convidados, e estarei lá firme e forte.
No sábado tem filme do André Luiz Oliveira, produzido pela Asacine, na Mostra Brasília, depois eu faço um convite bacana.
Esse ano eu não estou trabalhando na produção do Festival (snif!) mas vou lá assinar o ponto.
Agora deixa eu trabalhar...

othon bastos em cena...
SÃO BERNARDO, de Leon Hirszman, 1972.
filme de hoje, na sala villa lobos, a partir das 20:30.
aH! Leon Hirszman = eles não usam black tie... sacou?

domingo, 16 de novembro de 2008

combina com meu jeito

...a vida não tem ensaio...

"é só uma história, ninguém vai morrer por causa disso... "

e foi assim, que num final de domingo calorento, chuvoso e monótono, eu saí do cinema aos prantos e imensamente feliz.
o cinema brasileiro sempre me causa isso, fico submersa num orgulho patriota que beira à infantilidade, mas sou assim, fazer o quê?
ainda mais esse filme, esse ator, esse roteirista e essa música.
essa história de amor é mais uma de tantas histórias, mas deixou-me numa euforia, numa vontade e disposição louca de viver quantas histórias dessa forem necessárias, quantas a vida me reservar. e olha que hoje eu acho que aguento muitas.
o vento podia aproveitar o meu entusiasmo e soprar alguém na brisa da madrugada.
vai que amanhã eu acorde com os pés fincados na realidade?

o tempo e o vento e a chuva

"...vois me cê tem um olhar que ferve o sangue da gente!"

"... um homem que não sabe se apegar à terra, não serve para Santa Fé".

uma chuva forte, cheirosa e linda caindo na minha janela.
e na tela assisto "o tempo e o vento" com todos os seus vois me cê.
bom domingo.

inclusão de quem?

estava eu em casa, num domingo ensolarado e repleto de preguiça, quando decidi permanecer no aconchego do meu lar, e rascunhar algumas idéias...
escreve pra lá, escreve pra cá, as idéias foram tomando forma e passei para a parte de pesquisa de alguns sites, sonhando alto com patrocínios inesperados, enfim...
quando de repente, não mais que de repente, encontro no site da VIVO o link CULTURA...
olha só!
estava no caminho certo!
vejam que exemplo de empresa preocupada com o futuro do seu país e com o bem estar da comunidade:
Vivo Cultura - Democratizando o acesso da população à cultura e a arte brasileira.
"o espaço cultural vivo tem por missão democratizar o acesso da população a eventos de qualidade, e difundir a cultura e as artes produzidas no Brasil, incentivando a inclusão social".

vejam com seus próprios olhos:

http://www.vivo.com.br/portal/institucional_cultura.php?WT.ac=Institucional/Home.SubMenu_Superior.Cultura

e agora pasmem com a programação do Espaço Cultural Vivo:

A Cabra ou Quem é Sylvia?
Estréia: 10 de outubro, sexta-feira,às 21h30.
Temporada: até 21 de dezembro.
Local: Teatro Vivo, 290 lugares
Endereço: Av. Dr. Chucri Zaidan, 860, Morumbi
Sessões: Sextas e sábados, às 21h30.
Domingos, às 19h.Gênero: Comédia. Duração: 100 minutos. Recomendação: 16 anos.
Horário da bilheteria: de terça a quinta, das 14h às 20h.
De sexta a domingo, das 14h até o início do espetáculo.
Telefone da bilheteria: 7420-1520
Vendas por telefone: 4003-1212 http://www.ingressorapido.com.br/
Estacionamento no local: R$ 15
Aceita cartão de débito e dinheiro, não aceita cheque.

sabem de quem é a direção do espetáculo?
jô soares...
preciso dizer mais alguma coisa?
bora telefonar na bilheteria e saber quanto custa o ingresso democrático e inclusor...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

prefiro tinto seco

ela estava cansada como em todos os fins de tarde de sexta-feira.
o dia não havia sido tão duro a ponto de deixá-la exausta, mas era sempre a mesma coisa: até que horas estaria sozinha? o que o final de semana reservava pra ela? quem encontraria ou quem nem teria notícia?
caminhou até sua casa mais devagar que o normal, queria apenas retardar a sua chegada.
mas como não poderia deixar de ser, chegou.
abriu a porta do apartamento e sentiu aquele cheiro de casa limpa.
lugar cuidadosamente arrumado, organizado.
depois de alguns minutos esparramada na cama, finalmente conseguiu reunir forças e se levantou convicta de que passaria a noite de sexta feira sozinha e nem por isso seria menos divertido.
abriu a geladeira e ainda restava mais de meia garrafa de vinho tinto, da noite anterior.
resolveu que faria uma bela macarronada, com o molho carregado no alho, passaria um tempo na internet e finalmente terminaria de ler o livro que há dias não folheava.
e assim o fez depois de uma boa e demorada chuveirada.
e no meio do seu processo solitário recebeu uma visita.
e entre um apartamento e outro terminou a noite abrindo outra garrafa de vinho, entre queridos e uma pilha de vinis, de chico a cartola, riram, conversaram e se bastaram.
adormeceu tranquila. havia se despedido com a mesma sensação de todos os outros encontros: alguma coisa havia se perdido na história, havia ficado para trás.
e o livro ficou para o dia seguinte.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

sem mais para o momento

eu queria muito saber de onde vêem aquelas sensações que a gente acreditava estarem mortas e na verdade percebemos que estavam apenas dormindo...
enfim... divagando além do necessário depois de algumas taças de vinho em plena quinta-feira, é melhor não me alongar demais num assunto que já ficou velho, desbotado, cansado.
porque sentimos saudades daquilo que nem foi tão bom assim?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

mais uma do pantanal

- a senhora tá me deixando sem graça mãe...
- sem graça? sem graça? mas na hora de fazer sem-vergonhice e destampar a moça ocê não ficô sem graça né!

* para ler carregando no erres no estilo mais pantaneiro possível e dormir relembrando os velhos e bons tempos em que se vazia coisa boa na tevê brasileira. ô coisa boa!

* para ler de novo e dar vários vivas a maravilhosa jussara freire e sua inesquecível e hilária dona filó.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

explode coração

vejam só vcs a ironia da vida.
eu, que tanto faço propaganda da minha cidade-adotada-natal, recebi vários telefonemas de amigos brasilienses nesses dois últimos dias, e justamente para falar da minha eterna botucatu...
virei alvo de chacota no supermercado... pois é... minha terra além de cachoeiras e sacis agora tbm tem dinamite.
e explode delegacias!
como pode?
era uma vez a pacata botucas?

noites frias de verão

essa noite será especial.
tirei meu edredon do armário.
aquele fofo, cheiroso e gigante edredon que me faz companhia nas noites de frio que eu tanto amo.
choveu o dia todo no cerrado.
e amanhã eu nem tenho que acordar cedo.
hummmm.

sábado, 8 de novembro de 2008

não cabe num opala

hoje, além de passar uma boa parte do dia no mercado central (de novo!), fomos conhecer o Usina Unibanco de Cinema e assistir "nossa vida não cabe num opala", de reinaldo pinheiro, roteiro de di moretti...
eu não sei dizer. eu saí do cinema sem grandes reflexões.
o filme não me emocionou, não me pegou de jeito, assim como a personagem de maria luiza maravilhosa mendonça ficou esperando que os rapazes fizessem com ela, que a surpreendessem, eu tbm fiquei a espera de uma bela pegada, mas não rolou...
mas eu não vou falar mal do filme de jeito nenhum pq não achei um filme ruim, só não rolou comigo... recife adorou, foram 6 prêmios.
gostei da luz, da sujeira, dos atores, todos bons demais da conta, com exceção do irmão mais novo, meio cabaço... mas acho que foi essa a intenção do diretor.
pra finalizar utilizo-me da técnica da modernidade: nada como um "ctrl+c ctrl +v", ainda mais qdo a opinião do cara é tão perfeita.
pessoas, leiam a coluna do zanin no estadão, ele sabe o que diz. e sabe o que eu digo tbm...
"...se trata de um filme contundente com seus personagens à beira da marginalidade, ou já imersos nela. Tem lá seus problemas, mas é um filme com assinatura e estilo. Isso, no tempo do fast food, já é uma grande coisa."
Luiz Zanin Oricchio

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

sem post por hora


a pessoa não dorme direito, as oito horas básicas, desde a semana passada.
na terça jurava que trabalharia até às três da tarde pra se preparar pra viagem, mas chegou em casa já era quase oito. recebeu amigos, internetou um pouco e acabou repousando lá pela meia noite...
acordou às cinco e meia da manhã e ligou o automático para conseguir realizar as tarefas mais básicas como escovar o dentes por exemplo, com certeza estava dormindo...
pegaram a estrada por volta das sete e meia e depois de quase dez horas de viagem, entre caminhões, motoristas malucos e obras na pista, finalmente chegaram ao hotel mais famigerado da história... cheirando mofo e sem tranca na porta... (não riam!)
os dois amigos que esperava encontrar aqui deram o cano por motivos de força maior, e depois de toda essa saga ainda tentou tirar forças pra postar no seu abandonado blog, para que a meia dúzia de gatos pingados e fiéis amigos não o abandonem de vez.
enfim, rolou? não... não rolou... ela posta agora, cansada de um dia calorento de trabalho numa terra desconhecida, e sai logo correndo pra tomar um banho e pensar no dia de amanhã.



ah! o IPHAN fica na Casa do Conde, fiquei encantadíssima.

o Mercado Central vai ser nosso alvo de investigações esses dias... pensem na gordinha atacando as castanhas, damascos e azeitonas...


domingo, 2 de novembro de 2008

... não mereço castigo!

essa foi a descoberta do final de semana... bora procurar o CD no submarino pq adorei a força vocal... no especial do Edu Lobo me chamou muita atenção, mas só agora resolvi vasculhar e adorei o que encontrei... curtam: thaís gulin. curitibana.

Tenho no peito tanto medo,
É cedo
Minha mocidade arde,
É tarde
Se tens bom-senso ou juízo,
Eu piso
Se a sensatez você prefere,
Me fere
Vem aplacar esta loucura,
Ou cura
Faz deste momento terno,
Eterno
Quando o destino for tristonho,
Um sonho
Quando a sorte for madrasta,
Afasta
Não, não é isto que eu sinto,
Eu minto
Acende essa loucura
Sem cura
Me arrebata com um gesto
Do resto
Não fale, amor, não argumente
Mente
Seja do peito que me dói,
Herói
Se o seu olhar você me nega
Me cega
Deixa que eu aja como louco,
Que é pouco
No mais horroroso castigo,
Te sigo

sempre bom

"Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons".

* te dou um doce se adivinhar o(s) compositor(es)...

... pois é... foi bem bom.

sábado, 1 de novembro de 2008

ouça um bom conselho

ela estava quieta no seu quarto e inquieta no seu canto.
esperava que algo acontecesse, que o telefone tocasse, que o vento soprasse e o calor esmorecesse.
chegou em casa depois de um exaustivo dia de trabalho e não conseguia pensar em nada além de um banho. uma longa, relaxante e limpante chuveirada... de certa forma esperava que as últimas e incertas palavras que trocaram fosse embora pelo ralo.
palavras rápidas, objetivas, sem carinho "sem coberta", só não havia tapete atrás da porta, mas foram assim: sem emoção.
concentrou-se no banho, no cabelo, na espuma, no perfume do shampoo, no sabonete, na gilette. esquentou e esfriou o chuveiro por diversas vezes sentindo cada sensação de frio e calor vagarosamente, deixando que seu dia terminasse para que a noite iniciasse estrelada.
foi quando no meio de seus devaneios molhados e ensaboados ouviu ao longe o toque do celular.
lei de murphy... fosse quem fosse resolveu que não interromperia seu momento. e assim o fez.
terminou o quase interminável banho e tentou controlar a ansiedade que tomava conta novamente... não conseguiu... se enrolou na toalha correndo e leu com toda curiosidade exacerbada que uma mulher como ela possui: 1 chamada não atendida.
estavam lá... a chamada não atendida, o recado na caixa postal.
e sabem o que era?
nada. não era absolutamente nada.
era um celular perdido no bolso de alguém distante.
um bolso maldito que resolveu fazer uma chamada sem ordens do dono.
ela não poderia saber disso... e retornou a ligação imediatamente.
retornou com uma expectativa fora de propósito, mal colocada, esperando ouvir sabe-se lá o que do outro lado da linha...
e foi assim, com cara de operadora de telemarketing que tentou uma venda fora de hora, que ela desligou o telefone, decepcionadíssima consigo mesma.
decepcionada por ser tão adolescente e achar que um toque de celular poderia mudar o rumo de seu final de semana... e caiu.
caiu na cama emocionalmente exausta.
exausta de solidão, exausta de telefonemas, exausta de tanto calor... e foi pro chuveiro novamente.