terça-feira, 30 de junho de 2009

feliz natal


por que raios o selton mello se meteu a dirigir um filme, meu deos?
sinceramente não conseguimos chegar ao final...
parei nas duas crianças lendo num dicionário virtual o significado da palavra barbitúricos.
eu sempre tive medo de crianças prodígios, crianças prodígios com um sotaque carioca carregado então nem me fale... e se tiver sotaque carioca carregado e ainda for um péssimo ator mirim, aí não tem jeito, é vergonha alheia na certa.
na minha humilde opinião de quem apenas curte cinema pra caralho e escreve depois sem pretensão alguma de coisa nenhuma, achei o filme ruim.
excelentes atores andando de cá pra lá, interagindo meio assim assado e é isso. com exceção do medeiros que é ator de um personagem só e definitivamente não me convence, os demais são ótimos. as poucas cenas valem por darlene glória, maravilhosa, mas é só isso.
tentamos seguir adiante, juro que tentamos, mas a cena de darlene glória caída no chão do banheiro e graziella moreto alisando seu cabelo com close na tintura mal passada, na raiz branca da cabeleira, foi demais... silêncio, choro e raiz branca por intermináveis 3,5,12 minutos, não importa.
cult? talvez. acho que é isso então. é um filme inteligente demais pra mim, por isso que nem cheguei ao final. duvido, mas termino assim.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

vou ler meu pasquim

era aniversário do meu irmão do meio.
e quem ganhou o presente fui eu.
amigo queridíssimo visitando a cidade da garoa.
teve polenta, conversas cineclubistas, acertos de projetos, movimento, muito movimento.
e pra fechar a noite caímos na USP.
dancei o máximo que eu pude ao som de muito funk e soul.
conheci uma banda nova.
assisti apresentação de hip hop.
fechou com B Negão.
alguém aí sabe o que é depressão? eu não sei não...

curte aí a minha praia dessa noite. boa sugestão.
acho que vou dormir dançando.





segunda-feira, 22 de junho de 2009

depressa, ação!

hoje eu permaneci deitada.
o dia todo. embaixo dos cobertores.
revezando a vontade de ir ao banheiro com a de beber um copo dágua.
abria os olhos as vezes, outras deixava fechado mesmo. abrir pra que?
e os pensamentos começaram a perder força.
eu já não conseguia mais pensar direito.
sonhei por alguns momentos, tive pesadelos em outros, e o nada era mais frequente.
senti frio, fome, medo, muito medo, e pouca ou quase nenhuma vontade de me mexer.
queria saber quando foi que isso começou, esse travamento, esses quatro pneus arriados que não me deixam sair do lugar. mas passou. vai passar.
amanhã vou levantar freneticamente e alguém vai ter que me desligar.
ou eu não me chamo luiza.
quem sabe?

sábado, 20 de junho de 2009

aquela mulher... invisível.


demorei porque não queria estragar o visual do post abaixo, dessa linda foto da erika mader e do gergório duvivier, mas cá estamos. não deu pra não falar.
a mulher invisível.
o título, os atores, a produtora, o diretor. é fórmula people. fórmula pra dar certo, pra ganhar dinheiro, e eu não vejo nada de mal nisso, é a velha história que comento sempre: é filme nacional lotando as salas de cinema, mesmo que seja esse filme tosco.
como dizia o menino maluquinho, livro do ziraldo, existem tipos de segredos, segredos pro papai, segredos pra mamãe. assim também são os filmes: filmes pra pensar, filmes pra relaxar, filmes pra refletir e filmes pra rir.
claro que milhares de coisas me incomodaram: porque um filme feito pela conspiração filmes, em parceria com a warner bros, que tem esse elenco global todo precisa de apoio da SAV, da Ancine e inclusive, o pior de todos ao meu ver, do Governo do Estado de São Paulo, sendo que foi rodado no Rio de Janeiro... porra! Sem comentários. ah! e tem também o selton me cansa mello, sempre com as mesmas macaquices. é disso que o povo gosta não é? hunf.
Claudio Torres? Bem, Claudio Torres também escreveu o roteiro de Redentor, lembram? Aquela bomba? Bom, pelo menos dessa vez não tem Falabella...
É isso people, eu fui, ri, mas te digo de coração: espera sair na locadora!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

apenas o fim


esse texto poderia começar assim:
- nossa, o filme é uma graça.
ou então:
- puxa, adorei o filme, é fofo.
mas eu prefiro ir direto ao assunto, do meu jeitão mesmo:
- que filme gostoso, ducaralho!

li tudo que foi crítica assim que saí da sala.
concordei com tudo, exageros a parte, o filme é realmente o que andam dizendo por aí, simples, mas muito revelador. com certeza marca um período, justamente por seu modo diferente de dizer as coisas. o casal teve uma química excelente.

enquanto eu estava envolta em meus pensamentos, ainda no espaço unibanco em são paulo, um casal conversava, e eu ouvia atentamente eles falando e falando do absurdo de algumas manchetes de jornais sobre o filme, meio que idolatrando o tal diretor de apenas 20 anos de idade... "isso é um trabalho de faculdade, não há mérito nisso, nada de extraordinário, ele deveria fazer isso no final do curso mesmo". e eu respondo: oi? de que planeta vocês vieram? quantos trabalhos de conclusão de curso de faculdade de cinema você assistiu em salas lotadas nos últimos ano? ai. odeio gente invejosa. o cara tem talento mesmo. clap! clap! clap! matheus souza.

também li sobre referências ao "antes do amanhecer" e "antes do pôr do sol", que eu concordo plenamente, mas senti uma bela pitada de "brilho eterno de uma mente sem lembranças", inclusive em alguns efeitos... será?

enfim, o melhor de tudo, é justamente o fato de ser a história do fim, a mocinha realmente não fica com o mocinho no final, e parece que essa geração já está sabendo disso. é bom assistir histórias com os pés fincados na realidade. e não, eu não sou contra a formação de famílias, ou a favor de relações fugazes, muito pelo contrário. mas que elas sejam infinitas enquanto durem, sempre, e vamos parar de uma vez por todas com esse lance de príncipe encantado! mas que o duvivier é um belo príncipe, ah isso é, até pra mim que passei dos trinta...

terça-feira, 16 de junho de 2009

entre buda e peste


eu esperei durante meses.
imagino como ficaram os produtores, diretores, iluminadores, atores, maquiadores e todos os outros dores que participaram efetivamente desse longametragem.
confesso que fui com muita sede ao pote, e aí a gente se lambuza mesmo, mas aí acho que confundi os provérbios e mudei de assunto, vamos ao que interessa.
walter carvalho dirigiu a fotografia de praticamente toda a minha lista de melhores filmes nacionais: abril despedaçado, madame satã, lavoura arcaica, central do brasil, janela da alma, chega de saudade... enfim, a lista é imensa.
e lá fui eu ao cinema assistir budapeste com a cabeça cheia de expectativa, livro do chico fresquinho na cabeça, li pela segunda vez uma semana antes de ir ao cinema, e estava crente que a minha teoria do "não pode ser ruim" seria aplicada novamente.
mas não foi o que rolou e vou tentar explicar:
definitivamente leonardo medeiros não era o josé costa dos meus sonhos, e garanto que de muita gente também, ele não me convence mais, em cabra-cega ele está fantástico, mas depois disso vem repetindo o mesmo personagem: feliz natal, minha vida não cabe num opala, simples mortais... exceto o prefeito corno da novela, que também, vamos combinar... enfim.
giovana antoneli sem comentários, passa pra próxima.
quem convence mesmo? a atriz de kriska. não sei seu nome, vou recorrer ao google assim que terminar esse post, ela é linda, com traços delicados, mas uma força interior imensa, a única personagem parecida com aquela que eu havia imaginado quando li o livro.
de resto?
o resto é balela. o filme ficou confuso pra quem não leu o livro, o que eu acho um pecado.
está um pouco arrastado, lento, pra não dizer sonolento, do meio pro final, eu cortaria pelo menos uns vinte minutos, e ainda tem uma cena específica que eu tiraria forte. mun-há! e não falo mais nada sobre ela pra não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu.
e outra observação importante, ao meu ver: distribuidores, peloamordedeos, fiquem ligados nas salas de cinema que exibem seus filmes... eu fiquei de cara com a decadência da sala 9 do Academia de Tênis em Brasília. Fedor de mofo muito forte, o som estava ruim, não havia funcionário tomando conta da cortina e pessoas entravam na sala durante toda a exibição e deixavam a bendita cortina aberta, que dava direto no hall de entrada do cinema, pode?
acho que é isso.
o filme fala do conflito entre autor e obra, criador e criatura, mas acho que também poderia ser sobre os amores aqui e acolá, a diferença entra amar às margens de copacabana ou no meio de uma ponte entre buda e peste. a verdade é que o livro é melhor, como sempre.
mas apesar de tudo isso, vale o show. vale ver a participação do chico nos últimos minutos de filme, vale assistir a cena de kriska entrando de patins na livraria, vale a mesma personagem ensinar húngaro nas ruas frias de budapeste a um perdido kosta zozé.
vai lá. eu fico por aqui.

sábado, 13 de junho de 2009

duplamente chato mesmo

pense numa fórmula pronta pra divertir.
tem um pouco de comédia, mais uma pitada de romance, trilha sonora bacana, cortes quase interessantes, uma dose de suspense e cidades maravilhosas como pano de fundo.
e pra completar um casal de delicinhas: julia roberts e clive owen.
tinha tudo pra dar certo se não fosse tão enfadonho.
ai que tédio.
saí da sala de cinema com o maior tédio.
aí vai o trailler, que diga-se de passagem é praticamente o filme todo. as poucas piadas quase engraçadas já estão todas no trailler.
ó santo deus da película, salve-me.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

sobre meninos e lobos

gente, esse é meu menino. um dos meus meninos.
meu irmão do meio. cheio de política dentro de si. lindo.
que me deixou assim atordoada e que divido com vocês...


Família,
É com muito pesar e revolta que divulgo esse dois vídeos (de um total de 5 que ainda serão colocados).
Estava em manifestação pacífica do Movimento Estudantil, Trabalhista e Docente da USP. Ao acabar a manifestação a massa retorna em passeata até a reitoria, onde se dispersaria...
Acontece que enquanto voltávamos, a polícia resolveu agredir. militante não é santo, eu sei... Mas ainda assim, tropa de choque contra estudantes, trabalhadores e professores da usp é mais que covardia: é truculência, AUTORITARISMO, REPRESSÃO!!!
Depois de confrontos ao longo da avenida de entrada da usp, manifestantes feridos foram levados ao HU, porém a massa foi acuada no prédio da Hist/Geo da FFLCH. Com a PM toda em volta, ninguém podia entrar, ninguém podia sair...
Algumas bombas de gás foram atiradas DENTRO DO PRÉDIO!! Num vão amplo, porém fechado onde estávamos todos...
Durante muito tempo, fique com a máquina do Centro Acadêmico, filmando muuuita coisa. Durante boa parte, infelizmente, fiquei sozinho... passei muito mal, quase vomitei... E chorei, chorei, chorei muito em ver a história da humanidade retratada em alguns instantes, resumida ali ao vivo... A única coisa que me dava força para engolir o choro era saber que aquilo não era nada, absolutamente nada perto do que muitos já passaram. Não quero com isso diminuir a importância e o absurdo do evento, uma vez que todo o caos, sofrimento e humilhação, não deixará de existir primeiro nos maiores conflitos, depois nos menores... Será gradativamente sim, mas enquanto princípio, somente quando homem for capaz de sentir paz no coração, todo e qualquer conflito se cessará... das guerras entre nações, aos conflitos domésticos...
Assim, por princípio, quero dizer que o absurdo da ação do governo, a truculência e a repressão, tem o mesmo valor que a guerra do Iraque, assim como tem o mesmo valor que a silenciosa e cotidiana violência doméstica contra mulheres.
Nesse momento estou só, numa sala de um professor da FFLCH, a PM por todo o campus, os estudantes, professores e funcionários, em assembleia. Meu corpo está integro. Minha alma... não sei.






segunda-feira, 8 de junho de 2009

aceito a minha condição

frase copiadíssima do twitter dropsdomeumundo.
a-d-o-r-e-i

"Melhor passar o dia dos namorados solteiro do que o carnaval namorando"


domingo, 7 de junho de 2009

tô precisando lembrar o tanto que eu sou legal. é isso. eu sou bem legal mesmo! ai. será?

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler

Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber

Só não se perca ao entrar... No meu infinito particular.
(autoria do melhor-e-pior trio de todos os tempos)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

e eis que a âncora mal encostou em terra firme e levanta vôo novamente.
brasília.
botucatu.
são tantos amores com "b" que vou acabar tirando férias e indo pra belorizonte... rsrs.

terça-feira, 2 de junho de 2009

meu cérebro pede socorro

terapia do amor
vick cristina barcelona
noites de tormenta
o melhor amigo da noiva
romance
- passei na locadora.
alguém pode dizer o que está acontecendo comigo nessa semana friorenta???

segunda-feira, 1 de junho de 2009

cada qual com 4 aninhos

eram três pequenos.
bem pequerruchos.
duas lindas de cabelos cacheados e sem carinha de anjo.
estavam no mercadão esperando a massa de domingo ficar pronta e resolveram comer um pastel na banca ao lado.
foi ali que se encontraram, as duas, com o terceiro elemento.
apaixonado por uma delas, repetia o tempo todo: oi lu, oi lu!
a tal nem olhava pra ele. cilhos compridos, olhar de soslaio.
a amiga logo pergunta: como você chama?
e a lu, com a mesma cara de quem não dá a mínima, responde por ele: vinícius.
pais e mães observam a conversa de longe.
- lu, eu também vou comer um pastel.
- tá.
- o meu é de carne. e o seu?
silêncio.
alguém responde: ela não gosta de carne.
- porque você não gosta de carne lu? ele pergunta.
- porque não pode matar os bichinhos. finalmente responde ela.
ele pára, pensa e segue:
- mas barata pode, não pode? e mosquito também, porque ele pica a gente.