sábado, 10 de julho de 2010

preguiçando

eu fecho os olhos e posso ouvir sua risada com os olhinhos apertados.
sei dizer quantos fios de barba branca enfeitam seu cavanhaque.
quantas vezes eu ainda quero você por perto ou o quanto eu estou feliz por saber que você existe na minha vida agora.
só não sei dizer como vou pagar o aluguel amanhã e isso não tem a menor importância.
ah! o desejo!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

o desassossego...

parece que o mundo inteiro se diverte e roda e vive e inventa
enquanto eu tento me reinventar.

reinventar um novo jeito de sentir as coisas e as pessoas, de estar no mundo, de me sentir querida, de tentar ser diferente dessa vez. de fazer de um jeito novo.

mas é difícil... os fantasmas ainda rondam minha cabeça, lembranças de sentimentos investidos ao vento, de outras situações, outras histórias, noites de sono perdido, de abandono.
sabe aquele papo de gato escaldado? nunca entendi se é medo de água fria ou quente, só entendo o medo, e eu havia jurado que o medo não teria mais espaço... alguém sabe como faz?

esse não é um momento de tristeza, eu não estou triste, eu sei e confio nisso.
foi apenas um suspiro e um aperto no peito por me sentir estranha nesse lugar que eu me coloquei.
não quero nem lá, nem cá... quero apenas continuar sorrindo e esperando por aquilo que o universo guardou pra mim. sossegada. quase deitada numa rede. tranquila.

mas... mas... ah! o desassossego!