ela costumava repetir o nome da cidade numa média de três vezes por história que contava.
os amigos, os vizinhos, os vizinhos amigos e os nem tanto... o porteiro, o zelador, o síndico, os patrões e o cobrador de ônibus. todos sabiam que ela viera de botucatu.
ninguém acreditava, pensavam que a cidade era mais uma dentre as milhares que existem no interior de SP, mas não... depois de tantas referências não era possível ser apenas mais uma cidade, era com certeza A cidade.
quando assistiam a corrida e comentavam a performance do massa ela dizia, nasceu em botucatu.
no ônibus? era só ler: caio. fabricado em botucatu!
chovia demais? ela contava a história da chuvarada que levou seu telhado na primeira casa que alugou onde? em botucatu.
uma vez receberam a visita de um prefeito do PT que acabara de se eleger numa pequena cidade do rio grande do sul, e ele era amigo de quem? do prefeito de botucatu.
aviões? embraer-neiva. que fica onde? já sabem...
era assim. o nome da cidade já estava nas rodinhas. todo mundo já sabia o tanto de cachoeiras, de sacis e de artistas que a cidade escondia.
até que ela mesmo teve a grata surpresa...
estavam voltando do aeroporto, traziam uma amiga que acabara de chegar de uma temporada de um mês na espanha, e como num rompante, a recém chegada grita:
- nossa! eu estava no metrô em barcelona prestando atenção nas notícias mundiais que passavam num telão, quando de repente vi: bandidos explodem cadeia em BOTUCATU.
não restava mais dúvida, de um jeito ou de outro, botucatu era internacional.
e ela não teve dúvidas:
- vocês ouviram isso? botucatu, no metrô em barcelona!
domingo, 30 de novembro de 2008
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2 comentários:
eeeee, joanita voltou!
=}
quero saber das histórias.
inclusive outras de botucatu.
haahah
Viu! Te mete?!
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