quinta-feira, 6 de maio de 2010

página virada

“O teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer.

E o meu, poesia de cego, você não pode ver.

Não pode ver que no meu mundo um troço qualquer morreu, num corte lento e profundo entre você e eu.

O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu.

Te ver não é mais bacana quanto a semana passada, você nem arrumou a cama, parece que fugiu de casa.

Mas ficou tudo fora do lugar, café sem açúcar, dança sem par...

Você poderia ao menos me contar uma história romântica”.


Se eu soubesse que seria tranqüilo assim, que não arrancaria pedaço, que eu sobreviveria, já teria deixado faz tempo que tudo me escapasse entre os dedos.

Foi meio que lentamente, acho que eu nem percebi direito, envolta em meus sonhos, fantasias, personagens e devaneios criados apenas por mim, acabei por não prestar atenção que esse sentimento estava se desfazendo, pedacinho por pedacinho.

Agora acho que foi-se mesmo. Nada como ser paparicada e ter alguém para te lembrar o quanto você pode e merece se divertir, admito, mas a parte mais pesada e suja do trabalho fui eu quem realizou sozinha mesmo.

Vai ser melhor para todo mundo, tenho certeza.

“Me cansei de lero-lero
Dá licença, mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde...

... As águas vão rolar, não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais

Mas enquanto estou viva e cheia de graça
Talvez ainda faça um monte de gente feliz”.


Página virada.

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