Chorar no chuveiro.
Aquele choro contido e abafado.
Mais abafado que o ar que está lá fora.
Lágrima quente, água fria.
Corpo quente, água mais fria.
Desejo quente, realidade ainda mais fria.
E no vai quente, volta frio
O corpo pede sossego.
É um choro assim bem pequeno.
Praticamente um chorinho.
Sem história, sem rima.
Sem voz e cavaquinho.
Silenciado no compasso de um soluço.
Que passa assim bem rápido.
Por que a vida segue em frente,
Inevitavelmente.
6 comentários:
lindo, apesar de triste
a vida continua, o sol nasce todos os dias, a lua vem, os sonhos não param de se renovar... e o tempo cura. tá! eu sei que a anciedade pelo 'fazer o tempo correr' é dolorida demais, demais, demais! nessas horas você procura as pessoas eternas: família.
porque eles sim nunca passam.
saudade, sua desnaturada. SAUDADE GRANDE DEMAIS!
Procuro por alguma leitura. Não sei exatamente o que virá pela frente. Talvez algo que remeta ao amor, filhos, decepções, amigos, dores, sorrisos, verdades, enfim quero linhas que me prendam.
Ainda bem que existem páginas como a sua que nos levam até o final sem sequer sentirmos. O melhor é ainda permanecer na ânsia de querer ler mais e mais. Obrigada pelo tamanho bem estar causado e lindamente sentido ao te ler.
Minhas folhas secas na certeza de que voltarei mais vezes. Linkarei para que assim fique mais fácil o meu retorno.
*Suspiro de concordância*
Cabeção,
Lindíssimo o seu poema. É a minha amiga Isabela na sua essência. Como diria Nietzche, "Humano, demasiado Humano". Transforme a vida em arte e se transforme....Adorei!!
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