eu esperei durante meses.
imagino como ficaram os produtores, diretores, iluminadores, atores, maquiadores e todos os outros dores que participaram efetivamente desse longametragem.
confesso que fui com muita sede ao pote, e aí a gente se lambuza mesmo, mas aí acho que confundi os provérbios e mudei de assunto, vamos ao que interessa.
walter carvalho dirigiu a fotografia de praticamente toda a minha lista de melhores filmes nacionais: abril despedaçado, madame satã, lavoura arcaica, central do brasil, janela da alma, chega de saudade... enfim, a lista é imensa.
e lá fui eu ao cinema assistir budapeste com a cabeça cheia de expectativa, livro do chico fresquinho na cabeça, li pela segunda vez uma semana antes de ir ao cinema, e estava crente que a minha teoria do "não pode ser ruim" seria aplicada novamente.
mas não foi o que rolou e vou tentar explicar:
definitivamente leonardo medeiros não era o josé costa dos meus sonhos, e garanto que de muita gente também, ele não me convence mais, em cabra-cega ele está fantástico, mas depois disso vem repetindo o mesmo personagem: feliz natal, minha vida não cabe num opala, simples mortais... exceto o prefeito corno da novela, que também, vamos combinar... enfim.
giovana antoneli sem comentários, passa pra próxima.
quem convence mesmo? a atriz de kriska. não sei seu nome, vou recorrer ao google assim que terminar esse post, ela é linda, com traços delicados, mas uma força interior imensa, a única personagem parecida com aquela que eu havia imaginado quando li o livro.
de resto?
o resto é balela. o filme ficou confuso pra quem não leu o livro, o que eu acho um pecado.
está um pouco arrastado, lento, pra não dizer sonolento, do meio pro final, eu cortaria pelo menos uns vinte minutos, e ainda tem uma cena específica que eu tiraria forte. mun-há! e não falo mais nada sobre ela pra não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu.
e outra observação importante, ao meu ver: distribuidores, peloamordedeos, fiquem ligados nas salas de cinema que exibem seus filmes... eu fiquei de cara com a decadência da sala 9 do Academia de Tênis em Brasília. Fedor de mofo muito forte, o som estava ruim, não havia funcionário tomando conta da cortina e pessoas entravam na sala durante toda a exibição e deixavam a bendita cortina aberta, que dava direto no hall de entrada do cinema, pode?
acho que é isso.
o filme fala do conflito entre autor e obra, criador e criatura, mas acho que também poderia ser sobre os amores aqui e acolá, a diferença entra amar às margens de copacabana ou no meio de uma ponte entre buda e peste. a verdade é que o livro é melhor, como sempre.
mas apesar de tudo isso, vale o show. vale ver a participação do chico nos últimos minutos de filme, vale assistir a cena de kriska entrando de patins na livraria, vale a mesma personagem ensinar húngaro nas ruas frias de budapeste a um perdido kosta zozé.
vai lá. eu fico por aqui.
3 comentários:
Adorei o livro, nem pensei em ver o filme.... rs agora então.... rs
beijos
Re
É isso ái, Isa. Como diretor, Walter carvalho é ótimo diretor de foto. O filme não tem ritmo. É chato. Os fatos são jogados, não tem peso. As coisas simplesmente acontecem...e acontecem... O final que podia ser ótimo, perde força. Aff!!! Não li o livro. E essa é minha opnião sobre o filme. Mas, nossa...quase chorei qdo vi o Chico!!! Hahuahauhau!
Beijo, amiga!
ei, pq vc nao contribui p o nosso blog tb?
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