segunda-feira, 31 de maio de 2010

calmaria

no meio da manhã
ou antes do entardecer...
meu dia clareia, os caminhos se abrem,
portas e janelas me esperam .
basta eu ouvir você cantar, simples assim.

domingo, 30 de maio de 2010

algumas palavras

mão, boca, pele, cabelo, vontade, apertado, dormindo, sua casa, sua vida, minha vida, outras vidas, nossa vida, tua criança, nossos sorrisos, música, cerveja, escola, poeta, famoso, noite fria, abraço quente, amigos teus, meus, nossos, churrasco, cidade pequena, desejo enorme, camisinha, banho, felicidade, repeteco, macarrão, sua voz, ontem, hoje e enquanto a vida quiser.
ufa! final de semana com intensidade.

sábado, 22 de maio de 2010

o fim

sem acento
com acento
zero por cento de voce em mim.
ja era.
festejemos!

terça-feira, 18 de maio de 2010

chovendo

e a chuva bate forte na janela...
abençoada.
abençoando.
levando embora.

já foi

ele sente demais.
as vezes dor, outras saudades...
só sei que sinto bater meio fora do passo, mas qual era o passo mesmo?
eu não gosto é de sentir pena de mim, isso não.
foram semanas turbulentas, de conversas incansáveis, intermináveis, infinitas e que no momento parecem não terem me levado a lugar algum, ou quem sabe comum?
eu mudei de lugar sim e me sinto sozinha de novo.
mais uma vez.
e como diria o bom e velho poeta Carpinejar, liberdade é ter um amor para se prender.
eu fico por aqui, entre letras, unhas coloridas, discos, livros, filmes, pesar, cheiros e chocolates.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

tormento ou alento?

entre um cigarro e outro,
no meio do dia ou no começo da noite.
logo que eu acordo ou antes de ir deitar,
depois do almoço, durante o jantar e na hora de ir trabalhar.
sua risada farta, teimosa, invade meus pensamentos a todo momento.
não tem hora exata pra pensar.
agora restamos nós: eu e o tempo.
o resto é esperar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

bastômetro

hoje eu li em algum lugar algo mais ou menos assim:
para ter o que nunca teve, faça o que nunca fez.

o problema é que eu não sei fazer diferente.
eu não sei muitas coisas nessa vida.
sei que gosto de perceber que minhas mãos permanecem quentes em pleno inverno.
e por enquanto isso basta.
por enquanto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

luanda

hoje me deu uma saudade enorme.
pra variar.
saudade daquela coisa pequenininha que tem o nariz mais arrebitado que eu já conheci na vida.
que adora passar maquiagem, encher os olhos de brilho, como se eles já não tivessem luz própria.
que acha que combina a bolsa, com a sandália e a coroa de princesa.
que adooora seus cachinhos e que cuida da mãe dela.
que tem um nome diferente e metido igual à ela.
e quando me vê pula no meu pescoço e me aperta com a força de um bruta montes.
e sorri toda faceira me chamando de isitcha, mas odeia quando eu a chamo de luandoca.
ai quanto amor nessa vida!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

página virada

“O teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer.

E o meu, poesia de cego, você não pode ver.

Não pode ver que no meu mundo um troço qualquer morreu, num corte lento e profundo entre você e eu.

O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu.

Te ver não é mais bacana quanto a semana passada, você nem arrumou a cama, parece que fugiu de casa.

Mas ficou tudo fora do lugar, café sem açúcar, dança sem par...

Você poderia ao menos me contar uma história romântica”.


Se eu soubesse que seria tranqüilo assim, que não arrancaria pedaço, que eu sobreviveria, já teria deixado faz tempo que tudo me escapasse entre os dedos.

Foi meio que lentamente, acho que eu nem percebi direito, envolta em meus sonhos, fantasias, personagens e devaneios criados apenas por mim, acabei por não prestar atenção que esse sentimento estava se desfazendo, pedacinho por pedacinho.

Agora acho que foi-se mesmo. Nada como ser paparicada e ter alguém para te lembrar o quanto você pode e merece se divertir, admito, mas a parte mais pesada e suja do trabalho fui eu quem realizou sozinha mesmo.

Vai ser melhor para todo mundo, tenho certeza.

“Me cansei de lero-lero
Dá licença, mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde...

... As águas vão rolar, não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais

Mas enquanto estou viva e cheia de graça
Talvez ainda faça um monte de gente feliz”.


Página virada.

domingo, 2 de maio de 2010

lá vem a segunda-feira

as vezes a gente não entende determinadas situações
na maioria das vezes eu não entendo determinadas situações
por isso de agora em diante decreto uma nova lei por aqui
não quero mais entender tudo
estou terminantemente proibida de ficar pensando demais
impossibilitada de entender nas entrelinhas ou adivinhar pensamentos alheios mesmo porque nunca tive esse dom
proibida de deixar as coisas passarem sem experimentá-las
proibida de ficar presa no que não se movimenta
bora movimentar que a vida passa e o tempo urge...
a semana promete.