quarta-feira, 29 de abril de 2009

virada cultural interestadual

olha só como a vida é bela e deus é justo...
ela partiria do cerrado na terça-feira dia 28.
e entre muitos contratempos precisou trocar sua passagem às pressas pro dia primeiro de maio...
mas vejam vocês... vai rolar sessão de cinema na casa de um querido com tantos outros queridos na quinta. e quando aterrisar em são paulo terá que escolher:

Tom Zé no Municipal
Fafá de Belém no Municipal
Marcelo Camelo na São João
Maria Rita na São João
CPM 22 no palco da República
Wando no largo do Arouche

acho que wando no Arouche vai ser tudo nessa vida.

desapaixonando-se

a missão era levar um envelope repleto de documentos importantes até o início da asa sul.
parecia fácil... mas eram 11 horas e o sol ardia na moleira.
desceu na rodoviária, pegou outro buzão, vulgo baú, e seguiu em frente, caminhando e cantando e seguindo a canção.
entregou o envelope um pouco decepcionada, pensou que a resposta viria no mesmo momento, mas teria que esperar até amanhã.
tentou retornar pra casa. ficou horas no ponto, depois horas na rodoviária novamente, caminhando de um lado pro outro e observando o caos instalado, instaurado e definitivo em que aquele lugar permanece.
trabalhadores, brancos, negros, crianças de colo, doentes, cheiradores de cola, trombadinhas, travestis, policiais, cobradores, motoristas, fiscais... ninguém consegue transformar o caos.
ônibus quebrados, guias imundas, filas enormes, de pessoas e de carros, atrasos incontáveis, e descaso total.
foi essa a minha indignação de ontem no final do dia.
nos meus dois anos de brasília, passei poucas vezes por isso, mas foram suficientes para que ímpetos de... de... de... extermínio me viessem à cabeça.
alguém tem o telefone do arruda aí?

terça-feira, 28 de abril de 2009

apaixonando-se

eu cheguei a conclusão de que brasília é mulher de malandro.
agora que resolvi virar as costas ela fica se abrindo toda...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

saudades do cerrado

uma loira, gaúcha, com o coração do tamanho do mundo, muita disponibilidade em fazer amigos, sempre pronta pra te estender a mão seja de dia ou de noite. companheira de horas difíceis mas que as vezes dá vontade de pôr no colo e dar umas boas palmadas e colocar de castigo. amo a barbarita.

outra lôra na minha vida de DF. fala pra caralho, fala mais que a boca e está tão disposta a ser tua amiga qto a primeira lôra. gostei desde o início, minha primeira amiga no cerrado. tem um nome tão diferente e especial quanto ela. amo a kalinka.

conheci dia desses. mas nem importa o tempo, importa só o quanto o cara é especial, tem história pra gente viver junto ainda, histórias de cinema! ralando um monte e descobrindo coisas. amo o thiago.

um dia eu achei que iria apanhar de alguém na rua de tão braba que ela estava. ledo engano, até parece que eu já não sabia que cão que late não morde... ela na verdade é um docinho escondido naquela casca de que não tá nem aí pra vc. participou de quase tudo da minha vida aqui. amooo a nat-nat.

ela acha que conhece a cidade inteira, quer confraternizar com o mundo inteiro porque tudo é uma grande festa. d, fotografa, pinta, borda, te dá bolsa e logomarca de presente. amo a polli.

a gente se viu poucas vezes nessa vida de cerrado. a primeira vez foi num show do bossacuca, e ele estava lá registrando meu encontro com o saxofonista mais maravilhoso do planeta terra. parece um irmão mais novo, é um gato, um gostoso, uma delícia de pessoa. amo o arthur.

ainda tem outras pessoas tão especiai quanto essas... uma família-torta que me adotou bem no início da minha caminhada nessa terra perdida. com tia, tio, primos postiços e uma prima de verdade, que me deu de presente um dos momentos mais especiais da minha vida: sua barrigona mexeu pela primeira vez quando estávamos comendo pipoca e assistindo sessão da tarde. Amo cada um deles. todos. inclusive o primo-eterno-primo e o filhotinho, claro.

tiveram outras duas figuras mega importantes e essenciais pra essa caminhada no distrito federal, e no meio de todo o turbilhão elas voltaram pras suas terras amadas, assim como eu estou fazendo agora. juanita e daniela. apesar de cariocas elas são bem legais...

e foi assim, desse jeito meio torto que eu resolvi gritar pra vocês todos o tanto que estão guardados aqui dentro pra sempre. eu espero cada um de vocês lá em botucatu pra gente continuar dividindo momentos especiais como os que vivemos aqui, só que com a presença de muitos sacis, cachoeiras, bolo de fubá, cineclube, teatro e música de raiz.

Já tô com saudade.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

em cena

um dia a gente acorda e se dá conta que a vida já existe há 31 anos.
que rolou infância, alfabetização, bolo de aniversário, presente do primeiro namorado, colo de avó, viagem de férias, amigos da escola, entrada na faculdade, primeiro emprego, segundo, terceiro, milésimo desafio, noites de paixões calientes, noites de solidão completa... e aí você se olha no espelho e se pergunta:
- uai, já começou?
quem tocou o terceiro sinal? mas eu nem comecei o ensaio geral ainda!
.
.
.
adoooro.
daqui duas semanas são 32. acho que já consigo dirigir meu próprio espetáculo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

encaixotando

esta noite finalmente eu comecei.
comecei vagarosamente a colocar tudo nas malas, nas caixas.
encaixotar não é tão ruim.
cada pedaço de pano, de papel ou sapato, tudo ali tem uma história.
uma história que é minha e me acompanha por onde eu for.
entre uma fuga e outra fui juntando trapos, fotos e fatos.
entre desencontros e milhares de encontros.
as vezes cinematográficos, outros nem tanto, mas juntando tudo, colocando no mesmo balaio o saldo é sempre positivo.
ed motta me acompanhou nesta primeira leva de empacotamento.
ele e aquele olhos apertados que não saem da cabeça.
ele e aquele sorriso tímido quase sem vontade.
amanhã tem mais.

sábado, 11 de abril de 2009

é isso por hoje

o Mar, segundo Eduardo Galeano

Diego não conhecia o mar. O Pai, Santiago Kovadloff,
levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fugor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente coseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!

(Eduardo Galeano in O Livro dos Abraços)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

musicais

feriadão com encontros. deixemos os desencontros pra depois.
não teve nada demais. foi bom na medida certa...
foi musical.
ré um cima de mi sem dó.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

nublados

eu acho que os dias nublados deveriam ser abolidos.
aqui em brasília eles existem pra fazer a gente se sentir ainda mais solitária.
e já tem umas quatro manhãs que o sol se recusa aparecer...
na verdade eu sinto esses dias muito iluminados.
boa noite.

paulista

eu gosto de Adoniran,
de Jair Oliveira, do Bexiga e da Vila Madalena.
eu amo Céu, Dona Zica, Luiz Tati e Tom Zé.
eu assisto Terça Insana, eu tenho saudades do dog da USP, do Espaço Unibanco, da breja gelada do BH e do PF do Estadão.
sou fã do Arnaldo Antunes, Anna Mulayert, Marcelo Masagão, Paulo Miklos e dos espetáculos da ECA e do CPT.
eu quero caminhar pela avenida paulista!
eu sou paulistana meu!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

entre um B e outro... aqui vou eu!

eu tentei me apaixonar por vc.
perdidamente. é, perdidamente pq pra mim é assim, é sempre coisa de pele.
tem que bater os olhos e sentir algo diferente no primeiro momento.
e foi mais ou menos assim. a primeira vez que bati os olhos em você te senti diferente, claro, todo mundo sente vc assim... não deu pra sacar logo de cara qual era a tua, qual era a minha, mas eu sabia que ia rolar alguma coisa.
rolou.
rolaram dois anos de entendimentos e desentendimentos.
me senti extremamente solitária contigo. você não conseguiu me abraçar do jeito que eu precisava, não me acolheu como eu queria ou imaginava.
mas me deu algo que eu jamais vou esquecer e nunca vou conseguir retribuir: maturidade!
você me obrigou a viver, a pensar em coisas que eu jamais imaginei sozinha. aos trancos e barrancos você me fez crescser. obrigada!
eu te agradeço com a alma, e te peço desculpas por ter que te deixar pra trás.
eu tentei mesmo me apaixonar, me esforcei, dei o melhor de mim nos últimos meses, mas foi o meu máximo. você também não colaborou muito... existem milhares de coisas em você que são assim há 48 anos e não vão mudar. paciência. eu não te condeno, não te culpo, apenas entendo e tiro meu time de campo.
é isso brasília. valeu por cada momento.
mas botucatu me espera com a certeza de um amor incondicional. repleta de ipês coloridos, de morros, subidas, descidas, esquinas... ah! com milhares de esquinas! e casarões do século passado! e ruas de paralelepípedo e praças! muitas praças!
eu proponho um acordo. nosso caso será diferente. um novo caso de amor.
eu volto sempre que puder. uma vez por mês no mínimo. e aprendi a te respeitar como tu és. e a gente vai caminhando. estou pensando em novas formas de viver a nossa relação.
é isso.